AS LESÕES CUTÂNEAS NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune multissistêmica inflamatória crônica, decorrente de um desequilíbrio dos autoanticorpos, com formação e deposição de imunocomplexos. Sua etiologia ainda não é muito conhecida, porém os fatores hormonais, ambientais, genéticos e imunológicos são influenciadores para o aparecimento da doença. Tem predomínio no gênero feminino, sendo nove a dez vezes mais frequente e durante a idade fértil de 15 a 40 anos. As lesões cutâneas são a segunda manifestação clínica mais comum depois da artrite, manifestado em 80% dos pacientes com LES. Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar o perfil das lesões cutâneas mais prevalentes do Lúpus Eritematoso Sistêmico. Metodologia: Desprende-se uma revisão de literatura de abordagem binária, de caráter exploratório. Embasado em literaturas procuradas, durante o mês de setembro de 2019, na plataforma Scientific Eletronic Library Online (SciELO), usando as palavras chave “Lúpus Eritematoso Sistêmico", “cutâneo" e “lesões". Revisão de Literatura: A maioria dos pacientes apresentam fotossensibilidade por exposição solar ou artificial por lâmpadas fluorescentes ou halógenas. Levando em questão essa fotossensibilidade, observa-se que as lesões são mais comuns em áreas fotoexpostas como couro cabeludo, orelhas, face e o pescoço, até mesmo áreas expostas do tronco e das extremidades superiores, com máculas ou pápulas eritematosas bem definidas, com escamas firmes e aderentes à superfície da lesão. A lesão cutânea mais comum é a em “asa de borboleta", caracterizada por eritema malar e no dorso do nariz, mas sem atingir o sulco nasolabial, que se encontra em 50% dos casos. Também é comum o aparecimento de úlceras orais e nasofaríngeas, geralmente indolores. A lesão discoide apresenta-se como infiltrada e eritematosa, com escamas queratóticas aderidas e tampões foliculares, que evolui para uma cicatriz atrófica e discrômica. Conclusão: Apesar de não ser uma doença comum, com boa evolução na maioria das vezes, quanto mais grave e sistematizada, menos se valorizam os achados cutâneos da doença. Isso contribui para a evolução da lesões para cicatrizes profunda, com piora da qualidade de vida. Portanto, é de extrema importância o médico reconhecer as lesões cutâneas do Lúpus Eritematoso Sistêmico contribuindo para um diagnóstico precoce da doença e melhor prognóstico.
AS LESÕES CUTÂNEAS NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)
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DOI: 10.22533/at.ed.1872027082
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Palavras-chave: Lúpus Eritematoso Sistêmico; Lesões Cutâneas; Fotossensibilidade
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Keywords: Systemic Lupus Erythematous; Skin lesions; Photosensitivity
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Abstract:
Introduction: Systemic lupus erythematous (SLE) is a chronic inflammatory multisystemic autoimmune disease due to an autoantibody imbalance, with immunocomplex formation and deposition. Its etiology is not yet well known, but hormonal, environmental, genetic and immunological factors are influencers for the onset of the disease. It has a predominance in the female gender, being nine to ten times more frequent and during the fertile age of 15 to 40 years. Skin lesions are the second most common clinical manifestation after arthritis, manifested in 80% of patients with SLE. Objective: The aim of this study is to identify the profile of systemic lupus erythematous skin lesions. Methodology: A literature review of a binary approach of exploratory character is desist. Based on literature sought, during the month of September 2019, the Scientific Electronic Library Online (SciELO) platform, using the keywords "Systemic Lupus Erythematous", "cutaneous" and "lesions". Literature Review: Most patients have photosensitivity due to sun or artificial exposure by fluorescent or halogen lamps. Taking this photosensitivity into question, it is observed that lesions are more common in photoexposed areas such as scalp, ears, face and neck, even exposed areas of the trunk and upper extremities, with well-defined erythematous macules or papules, with firm scales and adherent to the surface of the lesion. The most common cutaneous lesion is that in "butterfly wing", characterized by malar erythema and on the back of the nose, but without reaching the nasolabial sulco, which is found in 50% of cases. It is also common the appearance of oral and nasopharable ulcers, usually painless. The discoid lesion presents as infiltrated and erythematous, with adhered keratotic scales and follicular caps, which evolves into an atrophic and discrmic scar. Conclusion: Although it is not a common disease, with good evolution most of the time, the more severe and systematized, the less valued the cutaneous findings of the disease. This contributes to the evolution of lesions to deep scars, with worsening quality of life. Therefore, it is extremely important for physicians to recognize the skin lesions of Systemic Lupus Erythematous contributing to an early diagnosis of the disease and better prognosis.
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Número de páginas: 4
- Guilherme Cavalcante Dantas
- Rafael Abutrab Souza Ramos Silva
- Victoria Gabrielle Coelho Marques
- Jornê Cabral Macedo
- Bethânia Dias de Lucena
- Ana Beatriz Silva Alencar