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AS “DONAS DA CADEIA”: reflexões sobre o ingresso das mulheres como policiais penais em Minas Gerais

Esse artigo tem como objetivo resgatar o histórico do ingresso das mulheres como  policiais penais ou guardas de presídio do sistema prisional de Minas Gerais. Profissão pouco investigada devido ao estigma que carrega tem passado por mudanças devido a sua relevância social. Essas mulheres que atualmente estão lotadas nos 189 estabelecimentos penais espalhados pelo estado, executam suas funções em unidades prisionais que atendem  exclusivamente  presos do sexo masculino,  os mistos onde há internos dos dois gêneros e outras apenas para internas femininas .  O termo “dona” que ora empregamos no título deste trabalho diz respeito à forma como as mulheres privadas de liberdade se dirigem às agentes penitenciárias na lida quotidiana. As pesquisadoras coletaram dados sobre o histórico do ingresso das mulheres que cuidam da custódia das internas desde a década de 1950 até os dias atuais.  A mulher, ao longo do tempo,  foi excluída de profissões voltadas para os homens e ainda encontra uma série de limitações para se inserir em determinadas carreiras tidas como masculinas, que é o caso das policiais penais. As mulheres que se propõem a ingressar nessa função logo percebem uma série de fatores que dificultam o desenvolvimento das suas atividades de ordem institucional, pessoal e social. A  invisibilidade dessa profissão  se caracteriza pela persistente submissão às chefias opressoras, a falta de reconhecimento do seu papel perante a sociedade e à ausência de condições de trabalho adequado, seja por questões estruturais, materiais e à valorização nas carreiras.

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AS “DONAS DA CADEIA”: reflexões sobre o ingresso das mulheres como policiais penais em Minas Gerais

  • DOI: 10.22533/at.ed.0742308081

  • Palavras-chave: mulheres, prisão, história, policial penal.

  • Keywords: women, prison, history, criminal police.

  • Abstract:

    This article aims to rescue the history of the entry of women as criminal police officers or prison guards in the prison system of Minas Gerais. Profession little investigated due to the stigma it carries has undergone changes due to its social culture. These women, who are currently crowded in the 189 penal establishments planned by the state, perform their functions in prison units that serve exclusively male prisoners, the mixed ones where there are inmates of both genders and others only for female inmates. The term “owner” that we now use in the title of this work refers to the way in which women deprived of liberty address penitentiary agents in their daily work. The researchers collected data on the admission history of the women who take care of the inmates' custody from the 1950s to the present day. Women, over time, were excluded from occupations occupied by men and still found a series of limitations to insert themselves in certain careers considered to be masculine, which is the case of penal prisons. Women who propose to enter this role soon realize a series of factors that hinder the development of their institutional, personal and social activities. The invisibility of this profession is characterized by persistent submission to oppressive bosses, the lack of recognition of its role in society and the absence of adequate working conditions, whether due to characteristics, materials and valuation in careers.
    
    

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  • juliana de avila ferreira
  • Raquel Quirino
  • Cleide da Conceição Solano
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