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Arquitetura, Neurociência e Envelhecimento no Lugar: repensando o projeto de moradia para a longevidade na Década do Envelhecimento Saudável

Com o aumento global da expectativa de vida, prevê-se que a diminuição da população ocorrerá mais cedo no território braileiro comparado a outros países. No Brasil, o número de idosos com 60 anos ou mais irá superar o de crianças e de adolescentes de 0 a 14 anos em 2030, enquanto no mundo isso ocorrerá em 2084, invertendo a pirâmide populacional. Neste contexto, a relevância de moradias adequadas ao envelhecimento se destaca, tendo em vista que a satisfação de viver mais está ligada às oportunidades de desempenhar as atividades diárias de maneira ativa e integrada à sociedade. Espaços construídos devem ser, além de ergonômicos e acessíveis, flexíveis e adaptáveis às necessidades dos usuários, independentemente da idade. A ausência dessas características compromete a adesão do público longevo que busca suprir suas necessidades ao adquirir uma nova moradia. Este artigo objetiva propor diretrizes de projeto arquitetônico responsivo ao envelhecimento saudável, direcionado aos profissionais interessados em tornar os futuros empreendimentos imobiliários atrativos e compatíveis aos propósitos de vida deste público em ascensão. Tratando-se de um estudo exploratório, utilizou-se a revisão de literatura integrativa, baseada em evidências da neurociência e da gerontologia ambiental, a fim de explorar a aplicabilidade desse conhecimento no planejamento imobiliário. Os principais aspectos incluem saúde ao longo da vida, influência da arquitetura residencial na longevidade e o protagonismo dos idosos no contexto imobiliário. Os resultados fornecem direcionamentos para empreendimentos que atendam às necessidades específicas do público sênior, convergindo a arquitetura e o planejamento habitacional aos conhecimentos da neurociência e do conceito de “envelhecimento no lugar”. Essa harmonização visa promover a qualidade de vida e a satisfação do público longevo, proporcionando uma trajetória de envelhecimento enriquecedora.
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Arquitetura, Neurociência e Envelhecimento no Lugar: repensando o projeto de moradia para a longevidade na Década do Envelhecimento Saudável

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.2992413093

  • Palavras-chave: Arquitetura residencial. Pessoa idosa. Envelhecimento no lugar. Saúde. Neurociência.

  • Keywords: Residential architecture. Elderly. Aging-In-Place. Health. Neuroscience.

  • Abstract: With the global increase in life expectancy, population decline is expected to occur earlier in Brazil compared to other countries. In Brazil, the number of elderly people aged 60 or over will surpass that of children and adolescents aged 0 to 14 in 2030, while worldwide this will occur in 2084, inverting the population pyramid. In this context, the importance of housing suitable for aging stands out, given that the satisfaction of living longer is linked to the opportunities to perform daily activities in an active and integrated manner in society. Built spaces must be, in addition to being ergonomic and accessible, flexible and adaptable to the needs of users, regardless of age. The absence of these characteristics compromises the acceptance of the elderly public who seek to meet their needs by purchasing a new home. This article aims to propose guidelines for architectural design responsive to healthy aging, aimed at professionals interested in making future real estate developments attractive and compatible with the life purposes of this growing public. As this is an exploratory study, an integrative literature review was used, based on evidence from neuroscience and environmental gerontology, in order to explore the applicability of this knowledge in real estate planning. The main aspects include health throughout life, the influence of residential architecture on longevity and the protagonism of the elderly in the real estate context. The results provide guidance for projects that meet the specific needs of the senior population, converging architecture and housing planning with knowledge from neuroscience and the concept of “aging-in-place”. This harmonization aims to promote quality of life and satisfaction for the elderly population, providing an enriching aging trajectory.

  • Ciro Férrer Herbster Albuquerque
  • Maria Eduarda Alvares Kopper
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