Aquicultura no Estado do Pará: Fatores Limitantes e Estratégias para o Desenvolvimento.
Este estudo teve o objetivo de apresentar o cenário atual daaquicultura no estado do Pará, destacando particularidades regionais, fatores limitantes e estratégias para o seu desenvolvimento. A coleta de dados ocorreu em maio de 2020, com levantamento em órgãos governamentais e organizações sociais do setor, assim como realização de entrevistas com atores sociais das cadeias produtivas. Constatou-se que a aquicultura estadual está baseada em três atividades: piscicultura continental, ostreicultura e carcinicultura marinha. A criação de peixes é difundida por todo o seu território, predominantemente em empreendimentos de pequeno porte e conta com o tambaqui Colossoma macropomum e o híbrido tambatinga como principais espécies. Quanto à ostreicultura, a ostra nativa Crassostrea gasar é a única produzida nas sete iniciativas em operação, que se encontram distribuídas em cinco municípios litorâneos. A carcinicultura é o ramo que contribui com a parcela menos significativa da produção aquícola e possui o menor número de empreendimentos, estando restrita a apenas dois municípios. Neste contexto, a comercialização é estritamente local e está distante de atender a demanda, o que determina a participação paraense no mercado brasileiro de pescado oriundo da aquicultura na condição de comprador, inclusive de peixes redondos e camarão cinza Penaeus vannamei, espécies protagonistas em suas atividades no cenário estadual. Para o seu desenvolvimento, a revisão dos marcos regulatórios representa a principal prioridade em termos de políticas públicas, seguida de ações governamentais capazes de viabilizar rações a preços mais acessíveis no mercado local. Na iniciativa privada, o fortalecimento da organização social e o incremento da cooperação entre os atores sociais são as ações mais importantes a serem implementadas ou aperfeiçoadas na busca por competitividade.
Aquicultura no Estado do Pará: Fatores Limitantes e Estratégias para o Desenvolvimento.
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DOI: 10.22533/at.ed.0422115035
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Palavras-chave: Carcinicultura marinha; Competitividade; Ostreicultura; Piscicultura continental; Políticas públicas
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Keywords: Marine shrimp farming; Competitiveness; Ostreiculture; Continental fish farming; Public policy
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Abstract:
This study aimed to present the current aquaculture scenario in the state of Pará, highlighting regional particularities, limiting factors and strategies for its development. Data collection took place in May 2020, with surveys by government agencies and social organizations in the sector, as well as interviews with social actors in the production chains. It was found that state aquaculture is based on three activities: continental fish farming, oyster farming and marine shrimp farming. Fish farming is widespread throughout its territory, predominantly in small enterprises and has the tambaqui Colossoma macropomum and the tambatinga hybrid as the main species. As for ostreiculture, the native oyster Crassostrea gasar is the only one produced in the seven initiatives in operation, which are distributed in five coastal municipalities. Shrimp farming is the branch that contributes the least significant portion of aquaculture production and has the least number of enterprises, being restricted to only two municipalities. In this context, marketing is strictly local and is far from meeting demand, which determines Pará's participation in the Brazilian fish market from aquaculture as a buyer, including round fish and gray shrimp Penaeus vannamei, leading species in its activities. in the state scenario. For its development, the revision of the regulatory frameworks represents the main priority in terms of public policies, followed by government actions capable of making rations more affordable at the local market. In the private sector, strengthening social organization and increasing cooperation between social actors are the most important actions to be implemented or improved in the search for competitiveness.
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Número de páginas: 19
- Renato Pinheiro Rodrigues
- Marcos Antônio Souza dos Santos
- Antônia do Socorro Pena da Gama
- Antônio José Mota Bentes
- David Gibbs McGrath
- Bruno Olivetti de Mattos