Anti-colonizar os afetos da branquitude no feminismo Brasileiro
O artigo pretende instigar brevemente
a crítica de algumas formas pelas quais efeitos
teóricos e afetos cotidianos da branquitude têm
suscitado enfrentamentos e transformações no
movimento de mulheres brasileiras nos últimos
anos, em especial na experiência feminista
interseccional. A teoria feminista tem produzido
sistematicamente uma crítica à masculinidade;
deseja-se salientar que é necessário para
o feminismo conectado ao cotidiano social
alcançar uma crítica às normativas raciais. O
presente estudo percorre algumas heranças de
um Brasil-colônia, assim como as atualizações
de conceitos e práticas no feminismo marcadas
pela intensificação, na última década, dos
protagonismos e pautas do feminismo negro,
que tem levado o feminismo interseccional a se
deparar com sua branquitude. Perceberemos
que a branquitude, ou identidade racial branca,
pode ser uma porta de entrada para encarar
questões da interseccionalidade que passam
a ser melhor consideradas pelo feminismo
como problemas relacionais, assim como
um espaço afetivo-teórico onde se revelam
questões capazes de interpelar o conjunto
de valores que determina o modelo universal
de humanidade e brasilidade. O processo de
discussão sobre relações raciais no feminismo
pode ser uma genuína experiência de formação
política, como potente mobilizador de forças
de libertação? Pesquisamos transformações
nas subjetividades para expressar afetos
contemporâneos em relação aos quais os
universos vigentes tornaram-se obsoletos.
Trata-se da produção de ideias e de ações
capazes de fazer enfrentamento a todo
pensamento colonizador das subjetividades.
Sendo o feminismo uma filosofia prática, é
preciso intensificar suas crises ao ponto de
gestar conceitos e práticas atualizados às
estratégias feministas anti-coloniais.
Anti-colonizar os afetos da branquitude no feminismo Brasileiro
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DOI: 10.22533/at.ed.0361928033
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Palavras-chave: feminismo; relações raciais; branquitude; interseccionalidade; anticolonialismo.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Élida