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capa do ebook ANDROID-GYNE: PERFORMANCE, GÊNERO E LIMINARIDADE

ANDROID-GYNE: PERFORMANCE, GÊNERO E LIMINARIDADE

O presente trabalho tem como objetivo discutir e relativizar as questões de gênero e sexualidade. O tratando das discussões que geraram a performance “Android-Gyne”. Enquanto discussão teórica, visamos relacionar os limites entre as representações de gênero na liminaridade, conceito cunhado por Victor Turner (2005, 2008).  Compreendemos estas relações dinâmicas, onde “o que é de fato” neste momento, se transforma, se liquefaz, se extingue, como no título de Marshall Berman - Tudo que é sólido desmancha no ar (2007). Os pensamentos e as verdades absolutas se “desmancham” na liquidez da contemporaneidade. Partindo deste princípio de liquefação conceitual às próprias amarras das noções de gênero sexuais são rompidas e reordenadas. A discussão segue apropriando-se de uma linguagem performática que foi, desde sua gênese, política e revolucionária, o movimento transformista, conhecido como movimento Queer bem como o movimento Camp. A crescente onda do pensamento conservador se choca de frente com a gradativa apropriação do espaço do “antigo/novo” movimento Drag Brasileiro. Novamente as relações fluídas de gênero estão sob os holofotes e desmontam as próprias compreensões do que é ser/ser, parecer/ser ou até mesmo vestir/ser. É deste emaranhando de liminaridades que surge, no âmbito do curso de Licenciatura em Artes Cênicas do IFTO – Campus Gurupi, as movimentações teóricas para a criação da performance ora apresentada. Movidos por estas discussões, construímos este experimento, apresentado nas dependências do campus, a fim de que gerássemos discussões acerca da pluralidade e fluidez das noções modernas de gênero. Em suma pretendemos nos questionar sobre o fato de que: se vivemos numa contemporaneidade fluída, o que ainda nos condiciona enquanto sociedade a vivenciarmos tantas situações onde o gênero é utilizado como ferramenta de avaliação e opressão.

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ANDROID-GYNE: PERFORMANCE, GÊNERO E LIMINARIDADE

  • DOI: 10.22533/at.ed.48720100815

  • Palavras-chave: Sexualidade; Gênero, Performance e Liminaridade

  • Keywords: Sexuality; Gender, Performance and Liminality

  • Abstract:

    The present work aims to discuss and relativize gender and sexuality issues, deals with the discussions that generated the performance "Android-Gyne". As a theoretical discussion, we aim to relate the limits between gender representations in liminality, a concept coined by Victor Turner (2005, 2008).  We understand these dynamic relationships, where "what is in fact" at this moment, transforms, liquefied, extinguishes, as in the title of Marshall Berman - Everything that is solid breaks in the air (2007). Absolute thoughts and truths are "falling apart" in the liquidity of contemporaneity. Starting from this principle of conceptual liquefaction to the very ties of sexual notions of gender are broken and reordered. The discussion continues to appropriate a performative language that has been, since its genesis, political and revolutionary, the transformist movement, known as the Queer movement and the Camp movement. The growing wave of conservative thinking clashes head-on with the gradual appropriation of the space of the "old/new" Brazilian Drag movement. Again, the fluid relations of gender are under the spotlight and dismantle the very understandings of what it is to be/be, seem/be or even dress/be. Moved by these discussions, we built this experiment, presented on campus premises, so that we could generate discussions about the plurality and fluidity of modern notions of gender. In short, we intend to ask ourselves about the fact that: if we live in a fluid contemporaneity, which still conditions us as a society to experience so many situations where gender is used as a tool for evaluation and oppression.

  • Número de páginas: 11

  • Romário Cosme da Silva
  • Ana Beatriz Barreira Leite
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