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capa do ebook Ancestralidade e resistência no romance "A enxada e a mulher que venceu o próprio destino", de Euclides Neto

Ancestralidade e resistência no romance "A enxada e a mulher que venceu o próprio destino", de Euclides Neto

O objetivo desse trabalho é analisar o romance A enxada e a mulher que venceu o próprio destino (1996), do escritor baiano Euclides Neto (1925-2000). Para tanto, são abordados, ainda que aos moldes sumários, cinco aspectos: a questão identitária da personagem principal da narrativa, mulher negra, mãe, agricultura sem terra do Estado da Bahia, pobre e analfabeta, cujo corpo, marcas e memórias são instrumentos e formas de resistência e subsistência; a relação entre os espaços urbano e rural, contradições e formas de exclusão; o tempo aspiralar; a presença da ancestralidade na vida da personagem, cuja força é capaz de guiá-la na construção da dignidade para si e família; e, por fim, a proposta subliminar para a questão agrária no Brasil apresentada pelo romance ao valorizar a agricultura de subsistência e familiar em região dominada predominantemente pela monocultura cacaueira. Tais aspectos são analisados a partir dos afetos que mobilizam e guiam a protagonista na retomada das rédeas do próprio “destino”: tristeza, medo, alegria, desejo e esperança. Os teóricos que auxiliam a análise são: Leda Martins (2002), Muniz Sodré (2017), Lourdes B. Rocha (2008), Walter Benjamin (2003) e Friedrich Nietzsche (2003). 

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Ancestralidade e resistência no romance "A enxada e a mulher que venceu o próprio destino", de Euclides Neto

  • DOI: 10.22533/at.ed.57222170516

  • Palavras-chave: Identidade; Ancestralidade; Agricultura familiar, Afetos

  • Keywords: Identidade; Ancestralidade; Agricultura familiar, Afetos

  • Abstract:

    O objetivo desse trabalho é analisar o romance A enxada e a mulher que venceu o próprio destino (1996), do escritor baiano Euclides Neto (1925-2000). Para tanto, são abordados, ainda que aos moldes sumários, cinco aspectos: a questão identitária da personagem principal da narrativa, mulher negra, mãe, agricultura sem terra do Estado da Bahia, pobre e analfabeta, cujo corpo, marcas e memórias são instrumentos e formas de resistência e subsistência; a relação entre os espaços urbano e rural, contradições e formas de exclusão; o tempo aspiralar; a presença da ancestralidade na vida da personagem, cuja força é capaz de guiá-la na construção da dignidade para si e família; e, por fim, a proposta subliminar para a questão agrária no Brasil apresentada pelo romance ao valorizar a agricultura de subsistência e familiar em região dominada predominantemente pela monocultura cacaueira. Tais aspectos são analisados a partir dos afetos que mobilizam e guiam a protagonista na retomada das rédeas do próprio “destino”: tristeza, medo, alegria, desejo e esperança. Os teóricos que auxiliam a análise são: Leda Martins (2002), Muniz Sodré (2017), Lourdes B. Rocha (2008), Walter Benjamin (2003) e Friedrich Nietzsche (2003). 

  • Número de páginas: 10

  • Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo
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