ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEMORRAGIA ANTEPARTAL EM ADOLESCENTES NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
Introdução: A ocorrência da hemorragia anteparto é uma das causas mais importantes de mortalidade materno-fetal. Esta é definida como sangramento vaginal que ocorre a partir da vigésima semana de gestação até o parto. As principais causas desse sangramento são decorrentes do descolamento prematuro da placenta e a placenta prévia.
Objetivo: Realizar estudo epidemiológico dos casos de placenta prévia, descolamento prematuro de placenta e hemorragia antepartal em adolescentes no Brasil nos últimos 10 anos, e correlacioná‐lo com aspectos demográficos e epidemiológicos regionais.
Método: Estudo transversal, documental e quantitativo, com amostra de 75.795 indivíduos entre 10 e 19 anos internados por placenta prévia, descolamento prematuro de placenta e hemorragia antepartal no Brasil (2010 - 2019) notificadas por meio do Sistema de Declaração de Morbidade Hospitalar do SUS do DATASUS. Avaliou-se as variáveis por local de residência, número de internações, sexo e faixa etária.
Resultados: Entre 2010 e 2019, houve uma queda de 2000 casos para 1.403. A faixa mais acometida foi entre 15 a 19 anos (14.777). Em relação ao caráter de atendimento, 14.800 foram de urgência e 841 eletivos. A região sudeste apresentou o maior número de casos (5.312), seguida da região nordeste (4.846).
Conclusão: Chama-se atenção para a quantidade decrescente de casos nos últimos anos, sustentando a possibilidade de subnotificações. Observa-se também, o alto número de registros na adolescência, evidenciando o início da idade fértil como importante “fator de risco” para estas condições. Com isso, faz-se necessário conhecer o perfil epidemiológico dos casos de hemorragia anteparto no Brasil, pois é um problema de saúde pública, o qual deve ser acompanhado pelos diversos níveis de atenção à saúde. Dessa forma, ao obter o conhecimento das características dos perfis epidemiológicos desta patologia é possível criar uma linha de cuidado específico para os grupos de risco podendo, dessa forma, traçar uma forma de prevenção.
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEMORRAGIA ANTEPARTAL EM ADOLESCENTES NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
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DOI: 10.22533/at.ed.6252101036
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Palavras-chave: Hemorragia anteparto; Epidemiologia; Medicina do adolescente
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Keywords: Antepartum haemorrhage; Epidemiology; Adolescent medicine
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Abstract:
Introduction: Antepartum haemorrhage is a major cause of maternal and fetal mortality. It is defined as vaginal bleeding that occurs from the twentieth week of gestation until birthing. The main causes of this kind of bleeding are placental abruption and placenta praevia.
Objective: To make an epidemiological study of placenta praevia, placental abruption and antepartum haemorrhage cases in adolescents in Brazil in the last 10 years and link it with demographic and epidemiological aspects of the regions.
Method: Cross-sectional, documentary and quantitative research of 75.795 patients aged 10 to 19 years old hospitalized due to placenta praevia, placental abruption and antepartum haemorrhage in Brazil (2010-2019) collected from the Hospital Morbidity Declaration System of the Brazilian Unified Health System. The data was analyzed taking into account place of residence, number of hospitalizations, gender and age group.
Results: Between 2010 and 2019 there was a reduction from 2.000 to 1.403 cases. The most affected age group was patients between 15 and 19 years old (14.777). Regarding the type of service, 14.800 were in urgent care and 841 were in elective care. The Southeast region displayed the highest number of cases (5.312), followed by the Northeast region (4.846).
Conclusion: The decreasing number of cases in the last years calls attention, which may show the possibility of underreporting. Furthermore, the high number of reports in adolescents shows the early childbearing age as an important risk factor for those conditions. Therefore, it is necessary to meet the epidemiological aspects of antepartum haemorrhage cases in Brazil, a public health issue, which all levels of health care should be involved in. When the knowledge of epidemiological aspects of those conditions is gotten, it is possible to build a specific health care strategy for the group of risks and create ways of prevention.
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Número de páginas: 3
- Arthur Antunes Coimbra Pinheiro Pacífico
- Fernanda Teixeira Bentes Monteiro
- Sarah Lima Monteiro
- Mariana Albuquerque Montenegro
- Thalia de Souza Bezerra
- Mariana de Souza Vidal
- Ana Beatriz de Sousa Moura
- Thainá Bastos Mangueira Moreira
- Giana Lobão Amaral
