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capa do ebook ANÁLISE DOS CONTOS A OUTRA MARGEM DO RIO, DE GUIMARÃES ROSA, E NAS ÁGUAS DO TEMPO, DE MIA COUTO

ANÁLISE DOS CONTOS A OUTRA MARGEM DO RIO, DE GUIMARÃES ROSA, E NAS ÁGUAS DO TEMPO, DE MIA COUTO

Nossa proposta de trabalho é

estabelecer uma análise comparativista entre

o conto A terceira margem do rio, do escritor

brasileiro Guimarães Rosa, e Nas águas do

tempo, do escritor moçambicano Mia Couto.

Em ambos os contos as personagens não são

nominadas, sendo o conto de Rosa composto

pelo pai, mãe, irmã, irmão e o narradorpersonagem;

já o de Couto é composto pelo

avô, neto e a mãe. Os contextos de produção

literária de Guimarães Rosa e Mia Couto

são muito diferentes, sendo que Couto toma

“emprestado” a possibilidade de (re)criação da

língua pela veia poética em prosa, já que, após

a independência a República Moçambicana

adota a Língua Portuguesa como idioma oficial.

Assim, os neologismos e inserções de palavras

em banto são tentativas de apropriar-se da

língua do ex-colonizador e torná-la sua, com

cores e nuances próprias, desde a construção

do enredo à temática. O conto miacoutiano,

assim como o de Rosa, traz a temática da

existência, ser e pertencer, mas aborda

também a problemática da conciliação entre o

velho e o novo, o antigo e o moderno, em um

território/país que ainda está se formando, se

constituindo. O sertão e a savana possuem

muitas semelhanças, especialmente nas

distâncias, no tempo e na água como espaços

em que o sagrado se manifesta, como vemos

em ambos os contos. Nessa perspectiva,

utilizamos os conceitos de intertextualidade e

influência, de Julia Kristeva e Harold Bloom,

respectivamente, aliando pressupostos teóricos

de Tania Franco Carvalhal, Sandra Nitrini,

dentre outros.

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ANÁLISE DOS CONTOS A OUTRA MARGEM DO RIO, DE GUIMARÃES ROSA, E NAS ÁGUAS DO TEMPO, DE MIA COUTO

  • DOI: 10.22533/at.ed.69819250116

  • Palavras-chave: Influência; intertextualidade; poeticidade.

  • Keywords: influence, intertextuality, poeticity

  • Abstract:

    Our work proposal is to establish

    a comparative analysis between the tales

    Third Bank of the River, by the Brazilian writer

    Guimarães Rosa, and The Waters of Time,

    by the Mozambican Mia Couto. In both, the

    characters aren’t nominated, being the tale of

    Rosa composed by the father, mother, sister,

    brother and the narrator-character; already, the

    one of Couto is composed by the grandfather,

    grandson and mother. The contexts of literary

    production of Guimarães Rosa and Mia

    Couto are very different, and Couto borrows a

    possibility of to (re)create the language by the

    poetic vein in prose, since after independence

    the Mozambican republic adopts the Portuguese

    Language as a language official. Thus, the

    neologisms and insertions of words in Bantu

    are attempts to appropriate the language of the former colonizer and become his own,

    with their own colors and nuances, from the construction of the plot to the theme.

    The Miacoutian tale, like that of Rosa, brings the thematic of existence, being and

    belong, but also approach the conciliation problem between old and new, the old

    and the modern, in a country that is still forming, constituting. The backwoods and

    the savannah have many similarities, especially in distances, in time and in water as

    spaces in which the sacred manifests, as we see in both story. In this perspective, we

    uses the concepts of intertextuality and influence, of Julia Kristeva and Harold Bloom,

    respectively, combining the theoretical assumptions of Tânia Franco Carvalhal, Sandra

    Nitrini, among others.

  • Número de páginas: 15

  • Regina Costa Nunes Andrade
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