Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

Análise do padrão de resistência antimicrobiana e dos fatores de risco das infecções estafilocócicas no período neonatal em um Hospital de Referência em Pediatria: uma coorte retrospectiva.

OBJETIVOS: Caracterizar o padrão de resistência e possíveis fatores de risco das infecções por estafilococos em recém-nascidos, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG). METODOLOGIA: Estudo de coorte retrospectiva. A coleta de dados foi realizada entre janeiro e agosto de 2021, pela análise de prontuários disponíveis no Serviço Médico e Informação em Saúde (SAMIS) do HC- UFG. A amostra foi composta por crianças no período neonatal, que foram internadas na enfermaria, berçário ou unidade de terapia intensiva neonatal do HC-UFG, durante o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2020, com exame de cultura positiva para Staphylococcus sp. Para a análise de cada paciente foram levados em consideração a identificação e perfil sociodemográfico; antecedentes obstétricos e condições de nascimento; fatores de risco para infecções neonatais e as características clínicas e microbiológicas da infecção, sendo esses dados registrados em questionário específico. Os dados foram analisados por estatística descritiva e análise comparativa. RESULTADOS: No total, foram analisados 84 prontuários de recém-nascidos, que não apresentaram diferença relativamente significativa entre os sexos. Dentre os locais de acometimento, o mais frequente foi a corrente sanguínea (32,9%), seguido de infecção em cateteres/dispositivos (23,2%). Quanto ao microrganismo isolado, 23 (27,4%) correspondiam a infecção por Staphylococcus aureus e 61 (72,6%) por Staphylococcus sp. coagulases negativas. Quanto ao padrão de resistência à meticilina/oxacilina, nas culturas positivas para Staphylococcus aureus, 56,5% foram resistentes à meticilina, e nos isolados de Staphylococcus. coagulase negativo, 88,3% apresentaram resistência ao antimicrobiano supracitado. A ruptura prematura de membranas foi o principal fator de risco relacionado com a infecção estafilocócica (p=0,01). CONCLUSÃO: O achado de predominância de infecções neonatais por espécies estafilocócicas coagulases negativas corrobora com estudos atuais encontrados na literatura. Além da ruptura prematura de membranas, nenhum outro fator de risco foi estatisticamente significativo. Ademais, os dados a respeito do padrão de resistência confirmaram o predomínio de Staphylococcus sp. resistentes à meticilina na amostra neonatal, tanto na espécie aureus, quanto nas coagulase negativas, servindo de parâmetro na tomada de decisão clínica.
Ler mais

Análise do padrão de resistência antimicrobiana e dos fatores de risco das infecções estafilocócicas no período neonatal em um Hospital de Referência em Pediatria: uma coorte retrospectiva.

  • DOI: 10.22533/at.ed.9062327096

  • Palavras-chave: Pediatria. Infecções estafilocócicas. Staphylococcus. Fatores de risco.

  • Keywords: Pediatrics. Staphylococcal infections. Staphylococcus. Risk factors.

  • Abstract: OBJECTIVES: To characterize the resistance pattern and possible risk factors for staphylococcal infections in newborns at the Clinical Hospital, Goias Federal University (HCUFG). MATERIAL AND METHOD: Retrospective cohort study. Data collection was carried out between January and August of 2021, through the analysis of medical records available at the Medical Service and Health Information (SAMIS) of HC UFG. The sample consisted of children in the neonatal period, who were admitted to the ward or neonatal intensive care unit of the HC UFG, from January 2017 to December 2020, with a positive culture test for Staphylococcus sp. For the analysis of each patient, was taken into account the identification and sociodemographic profile; obstetric history and birth conditions; risk factors for neonatal infections and the clinical and microbiological characteristics of the infection, being these data recorded in a specific questionnaire. Data were analyzed using descriptive statistics and comparative analysis. RESULTS: In total, 84 medical records were analyzed, with no relatively significant difference between genders. Among the sites of involvement, the most frequent was the bloodstream (32.9%), followed by infection in catheters/devices (23.2%). As for the isolated microorganism, 27.4% corresponded to infection by Staphylococcus aureus and 72.6% by Staphylococcus sp. negative coagulases. As for the pattern of resistance to methicillin, in cultures positive for Staphylococcus aureus, 56.5% were resistant to methicillin, and in isolates of Staphylococcus sp. negative coagulase, 88.3% were resistant to the aforementioned antimicrobial. Premature rupture of membranes was the main risk factor related to staphylococcal infection (p=0.01). CONCLUSION: The finding of predominance of neonatal infections by coagulase-negative staphylococcal species corroborates to current studies found in the literature. Apart from premature rupture of membranes, no other risk factor was statistically significant. Furthermore, data regarding the resistance pattern confirmed the predominance of Staphylococcus sp. resistant to methicillin in the neonatal sample, both in the aureus species and in the negative coagulase, serving as a parameter in clinical decision-making.

  • Brunno Rodrigues Gonçalves
  • Anne Caroline Lucas Brandelero
  • Maria Eduarda Freire Frohlich
  • Natália Ribeiro Lajes
  • Paulo Sérgio Sucasas da Costa
Fale conosco Whatsapp