Para garantir a efetividade da

regulação do setor elétrico brasileiro busca-se,

na análise de impacto regulatório, avaliar as

consequências dos normativos que estão sendo

propostos e garantir para a sociedade uma

indicação positiva na relação custo/benefício

advinda do novo regulamento. Neste contexto,

este trabalho aborda um estudo, em regime

permanente, dos impactos da inserção de micro

e minigeração distribuída, possibilitada pela

Resolução Normativa Aneel nº 482/2012, na rede

primária de distribuição, em um determinado

período de tempo. Avalia-se, neste estudo, o

comportamento das perdas técnicas em função

do carregamento e da capacidade instalada de

novas unidades de geração distribuída em um

alimentador de média tensão. A metodologia

compreende a análise de perdas no sistema

de distribuição, avaliando-se o comportamento

em carga leve, média e pesada, utilizando-se

a análise de fluxo de potência. Os dados para

a simulação são de redes de distribuição com

característica de carga semelhante ao real.

Um programa de análise de fluxo de potência,

desenvolvido em MATLAB, foi utilizado como

ferramenta de simulação. Os resultados obtidos

mostram que a inserção de micro e minigeração

distribuída na rede primária de distribuição, a

princípio, melhora o perfil de tensão e reduz

as perdas técnicas. Todavia, há um limite para

esse ganho. A mudança do papel do cliente,

até então, consumidor de energia elétrica

para consumidor-gerador, altera também a

caraterística de carga do alimentador. Na medida em que se aumenta a potência

injetada na rede, pelo consumidor-gerador, provoca-se a inversão no fluxo de potência

no alimentador. Nesse trabalho, demonstra-se que há um limite de carga em que a

relação custo/benefício é positiva para a distribuidora.