O método de Carrea, de 1920, permite a mensuração da altura do indivíduo através das dimensões dos incisivos e caninos inferiores, sendo fundamentado pela proporcionalidade dos diâmetros dos dentes e altura do indivíduo, onde qualquer hemiarco pode ser usado para estimar a estatura, considerando o princípio de simetria bilateral, aceitando pequenas variações como assimetrias normais. Com a necessidade de aprimorar esse método, Cavalcanti et al6 propuseram uma modificação dessa técnica, na qual a medição ocorre com instrumentos mais precisos, utilizando um compasso de ponta seca e régua milimetrada, substituindo a fita métrica utilizada no método de Carrea. Este trabalho objetivou realizar um levantamento da literatura, analisando os estudos relativos à estimativa da altura obtida pelo método de Carrea nos últimos 10 anos, verificando convergências ou divergências de resultados, principalmente quando relacionadas ao tipo de população na qual o método foi aplicado. Sua técnica baseia-se na relação de um arco circunferencial e uma corda, formados pelos dentes anteriores e inferiores de um hemiarco, obtendo-se fórmulas matemáticas que representam a estatura máxima e mínima de um indivíduo, criando um espectro de valores onde a altura deve estar incluída. Entretanto, o método apresenta algumas limitações, destacando-se a preconização do alinhamento dentário inferior e o fato da pesquisa ser realizada em uma população pouco miscigenada e com perfil homogêneo, comparada a outras populações. Por conseguinte, é importante a validação de novas pesquisas referentes a esse método de identificação, bastante utilizado como alternativa a situações que não são encontrados o esqueleto completo e ossos longos.