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ALFABETIZAR LETRANDO: DESAFIOS PARA O PROFESSOR ALFABETIZADOR, NUMA PERSPECTIVA INOVADORA

A alfabetização constitui-se numa atividade interativa, interdiscursiva de apropriação de diferentes linguagens produzidas culturalmente. Dentre elas situa- se a leitura como um artefato presente em todas as atividades das sociedades letradas. Uma das primeiras necessidades de uma pessoa é se comunicar, falar, entender e se fazer entender, saber dizer o que pensa com firmeza e espírito crítico e se comunicar através da leitura e da escrita. Aprender a falar, a ler, a escrever passa a ser rudimento na história do ensino, os quais ainda não foram superados por outras necessidades achadas a serem mais importantes. Nessa concepção, alfabetizar é ensinar a ler e a escrever, a criticar e a produzir conhecimento, e não ensinar somente a distinguir os símbolos gráficos da linguagem verbal. Ser alfabetizado quer dizer distinguir e compreender esses símbolos e ser capaz de produzir mensagens compreensíveis para outros alfabetizados, aperfeiçoando o entendimento entre as pessoas e aumentando o seu nível e qualidade de vida. Nesse sentido, a alfabetização se caracteriza como um processo em que o alfabetizando necessita superar etapas para adquirir as habilidades necessárias. Atualmente, no processo de alfabetização, o tempo de aprendizagem da criança é respeitado e o desenvolvimento da leitura e da escrita acontece ou deveria acontecer da mesma maneira que aprendeu a falar, com o desenvolvimento de atividades significativas. Dessa forma, aprender a ler e escrever e com que velocidade isso ocorre depende de cada criança, do meio em que vive, assim como a sua participação em atividades de leitura e escrita. O uso do termo letramento aparece decorrente da necessidade de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas que as práticas do ler e escrever resultantes da aprendizagem do sistema da escrita. Portanto, é um processo (ou uma prática) social/coletivo de democratização do saber. Assim, a noção de letramento não apenas amplia o conceito de alfabetização como poderia fortalecê- lo, resgatando a dimensão política, filosófica, dialógica, cultural e ideológica. Portanto, essa concepção aborda a alfabetização não apenas como uma atividade cognitiva, mas também como um processo afetado pelos aspectos sociais, históricos e ideológicos.
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ALFABETIZAR LETRANDO: DESAFIOS PARA O PROFESSOR ALFABETIZADOR, NUMA PERSPECTIVA INOVADORA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.0722511099

  • Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Leitura e escrita.

  • Keywords: Literacy. Literacy. Reading and writing.

  • Abstract: Literacy constitutes an interactive, interdiscursive activity of appropriation of different culturally produced languages. Among them is reading as an artifact present in all activities of literate societies. One of a person's first needs is to communicate, speak, understand and make themselves understood, know how to say what they think firmly and critically and communicate through reading and writing. Learning to speak, read and write become rudiments in the history of teaching, which have not yet been overcome by other needs considered to be more important. In this conception, literacy is teaching to read and write, to criticize and produce knowledge, and not just to teach how to distinguish graphic symbols from verbal language. Being literate means distinguishing and understanding these symbols and being able to produce understandable messages for other literate people, improving understanding between people and increasing their level and quality of life. In this sense, literacy is characterized as a process in which the person learning literacy needs to overcome stages to acquire the necessary skills. Currently, in the literacy process, the child's learning time is respected and the development of reading and writing happens or should happen in the same way as learning to speak, with the development of meaningful activities. Therefore, learning to read and write and how quickly this occurs depends on each child, the environment in which they live, as well as their participation in reading and writing activities. The use of the term literacy appears to arise from the need to recognize and name social practices of reading and writing that are more advanced and complex than the practices of reading and writing resulting from learning the writing system. Therefore, it is a social/collective process (or practice) of democratization of knowledge. Thus, the notion of literacy not only expands the concept of literacy but could strengthen it, rescuing the political, philosophical, dialogical, cultural and ideological dimension. Therefore, this conception approaches literacy not only as a cognitive activity, but also as a process affected by social, historical and ideological aspects.

  • Paula Coutinho de Souza
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