AGROECOLOGIA E DESIGUALDADES REGIONAIS NO RIO GRANDE DO SUL
Nos últimos anos a produção nacional setor agropecuário brasileiro cresceu consideravelmente em volume, mesmo que quase a totalidade seja de commodities para exportação. Cresceu também a demanda por alimentos no mercado interno e isso se deve principalmente pela melhoria da qualidade de vida e dos níveis de renda da população brasileira. Mas mesmo com o aumento de renda e a diminuição da pobreza as desigualdades regionais permanecem em todo o Brasil, e mesmo no Sul a pobreza permanece em muitas regiões, especialmente no meio rural. Neste sentido, o estudo da agroecologia como modelo de desenvolvimento que pode ser expandido para várias regiões empobrecidas, promovendo o bem estar sócio-econômico-ambiental e cultural dos agricultores familiares é cada dia mais necessário. Assim, mais do que discutir políticas públicas para o combate às desigualdades regionais e do setor rural brasileiro, nosso interesse neste trabalho foi apreender em que medida a agroecologia contribui para que à agricultura familiar nas comunidades rurais empobrecidas possam com a maior rapidez alcançar níveis de qualidade de vida satisfatórios. Algumas regiões com agricultura patronal optaram por desenvolver ainda mais a produção agropecuária vinculada ás exportações ou aos biocombustíveis. E outras a partir de Políticas Públicas optaram por viabilizar os agricultores familiares através da integração de sua produção agroecológica aos mercados institucionais como a merenda escolar e atendimento as redes sociais como Hospitais, creches, e famílias em vulnerabilidade socioeconômica, por exemplo. Mas o que deve se destacar é as iniciativas que fomentaram a agroecologia priorizando a segurança alimentar de milhares de famílias de agricultores que realmente apresentam situações de melhoria da qualidade de vida e de equilíbrio regional. Neste sentido este artigo, analisa como as políticas públicas que priorizam a agroecologia como modelo de produção agropecuária contribuem para amenizar a pobreza e as desigualdades regionais no Rio Grande do Sul.
AGROECOLOGIA E DESIGUALDADES REGIONAIS NO RIO GRANDE DO SUL
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DOI: 10.22533/at.ed.0452109021
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Palavras-chave: Agroecologia, Segurança Alimentar, Desigualdades Regional, Desenvolvimento, Agricultura Familiar
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Keywords: Agroecology, Food Security, Regional Inequalities, Development, Family Farming.
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Abstract:
In recent years, the national production in the Brazilian agricultural sector has grown considerably in volume, even though almost all of it is for export commodities. The demand for food in the domestic market also increased and this is mainly due to the improvement in the quality of life and income levels of the Brazilian population. But even with the increase in income and the decrease in poverty, regional inequalities remain throughout Brazil, and even in the South, poverty remains in many regions, especially in rural areas. In this sense, the study of agroecology as a development model that can be expanded to several impoverished regions, promoting the socio-economic-environmental and cultural well-being of family farmers is increasingly necessary. Thus, more than discussing public policies to combat regional inequalities and the Brazilian rural sector, our interest in this work was to understand the extent to which agroecology contributes so that family farming in impoverished rural communities can reach levels of quality as quickly as possible, satisfactory life spans. Some regions with employer agriculture have chosen to further develop agricultural production linked to exports or biofuels. And, others based on Public Policies chose to make family farmers viable by integrating their agroecological production into institutional markets such as school lunches and attending social networks such as hospitals, daycare centers, and families in socioeconomic vulnerability, for example. But what should stand out is the initiatives that fostered agroecology, prioritizing the food security of thousands of farmers' families that really present situations of improvement in the quality of life and regional balance. In this sense, this article analyzes how public policies that prioritize agroecology as a model of agricultural production contribute to alleviating poverty and regional inequalities in Rio Grande do Sul.
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Número de páginas: 17
- iran carlos lovis trentin