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capa do ebook ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE APÊNDICE CECAL - RELATO DE CASO

ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE APÊNDICE CECAL - RELATO DE CASO

Introdução: As neoplasias do apêndice cecal são afecções raras, constituindo menos de 0,5% das neoplasias do trato gastrointestinal. Apresentação do Caso: Paciente do sexo masculino, 34 anos, foi admitido na emergência com quadro de abdome agudo inflamatório. Realizada tomografia computadorizada de abdome e pelve caracterizando apendicite aguda complicada. Efetuada apendicectomia aberta com bloqueio intenso de ceco, apêndice perfurado em seu terço distal, presença de líquido inflamatório sem pus na cavidade e base apendicular integra e viável. Anatomopatológico evidenciando adenocarcinoma mucinoso bem diferenciado, perfurado, do apêndice cecal, com profundidade de invasão até serosa. Margem cirúrgica do coto sem comprometimento neoplásico e margem circunferencial comprometida por neoplasia. Estadiamento anatomopatológico TNM: pT4a Nx Mx. Realizada colectomia direita. Evidenciada presença de tecido mucoide na pelve. Efetuada peritonectomia em região da parede lateral direita da cavidade abdominal e retirada de tecido mucoide da região de íleo e pelve. Discussão: Devido sua baixa incidência, há poucos estudos estatísticos que abordem a neoplasia de apêndice, fazendo com que seu manejo constitua um desafio ao cirurgião, tanto em relação ao estadiamento quanto em relação à proposta terapêutica com grau de ressecção adequado. Os adenocarcinomas mucinosos metastáticos do apêndice comumente apresentam a síndrome clínica do pseudomixoma peritoneal. O envolvimento peritoneal indica doença em estádio IV e associa-se a diferenças significativas no prognóstico, com taxas de sobrevida em cinco anos de 57% para o tumor bem diferenciado e 11% para tumores pouco diferenciados. Atualmente, não há um tratamento padrão estabelecido para o câncer de apêndice tardio disseminado. Centros especializados têm recomendado a cirurgia citorredutora, seguida de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC). Comentários Finais: A clínica inicial de uma neoplasia de apêndice cecal pode ser semelhante a um quadro de apendicite aguda, e quando seu diagnóstico pré-operatório não é realizado surpreende o cirurgião com o resultado do exame anatomopatológico da peça cirúrgica.

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ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE APÊNDICE CECAL - RELATO DE CASO

  • DOI: 10.22533/at.ed.7092018114

  • Palavras-chave: Adenocarcinoma mucinoso; Apêndice; Neoplasias do apêndice.

  • Keywords: Mucinous adenocarcinoma; Appendix; Appendix neoplasms.

  • Abstract:

    Introduction: Appendiceal Neoplasms are rare, constituting less than 0.5% of all neoplasms of the gastrointestinal tract. Case Presentation: A 34-year-old male patient was admitted to the emergency room with acute inflammatory abdomen. Computed tomography of the abdomen and pelvis featuring complicated acute appendicitis. An open appendectomy was performed presenting intense cecum block, appendix perforated in its distal third, presence of inflammatory fluid without pus in the cavity and an intact and viable appendicular base. Anatomopathological showing mucinous adenocarcinoma of the cecal appendix, well-differentiated, perforated, with depth of invasion to serous. Surgical margin of the stump without neoplastic involvement and circumferential margin affected by neoplasia. Anatomopathological TNM staging: pT4a Nx Mx. A right colectomy was performed. Mucoid tissue in the pélvis was found. Peritonectomy was performed in the region of the right lateral wall of the abdominal cavity with removal of mucoid tissue from the ileum and pelvis region. Discussion: Due to its low incidence, there are few statistical studies that address the appendix neoplasia, making its management a challenge to the surgeon, both in terms of staging and in relation to the therapeutic proposal with an adequate degree of resection. Metastatic mucinous adenocarcinomas of the appendix commonly present with the clinical syndrome of peritoneal pseudomyxoma. Peritoneal involvement indicates stage IV disease and is associated with significant differences in prognosis, with five-year survival rates of 57% for well-differentiated tumors and 11% for poorly differentiated tumors. Currently, there is no established standard treatment for disseminated late appendix cancer. Specialized centers have recommended cytoreductive surgery, followed by hyperthermic intraperitoneal chemotherapy (HIPEC). Final Comments: The initial clinic of a cancer of the appendix may be similar to a picture of acute appendicitis, and when its preoperative diagnosis is not made, the surgeon is surprised by the result of the anatomopathological of the surgical specimen.

  • Número de páginas: 6

  • Elias Jirjoss Ilias
  • Bernardo Mazzini Ketzer
  • Brunella Silva Cerqueira
  • Rafael Lourencini
  • Eric Shigueo Boninsenha Kunizaki
  • Luiza Vieites
  • Gabriela Miranda Mariotti de Moura
  • Paula Morais Pereira Mendes
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