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Adaptação da técnica laparoscópica transabdominal pré-peritoneal (TAPP) sem fixação de tela, em hérnias inguinais: sistematização passo a passo do procedimento cirúrgico

Introdução: O reparo da hérnia inguinal tem sido área de interesse recorrente na prática cirúrgica mundial, uma vez que inúmeros procedimentos foram descritos para sua correção, refletindo a complexidade destas hérnias e a diversidade de técnicas disponíveis para seu tratamento. A abordagem laparoscópica tem se mostrado superior às abertas, pelo retorno precoce às atividades cotidianas e redução da dor pós-operatória. Porém, o uso de grampeadores para fixação das telas (denominados tackers), na técnica pré-peritoneal transabdominal (TAPP), eleva o custo do procedimento. Tal fato limita seu uso no Sistema Único de Saúde (SUS), favorecendo a técnica extraperitoneal, ainda pouco ensinada nos programas de residência em Cirurgia Geral brasileiros. Atualmente, o uso de tackers não é mandatório em hérnias menores de 4 cm, o que abre a possibilidade de uso em pacientes do SUS em casos selecionados. Objetivos: Descrever os passos da adaptação da técnica laparoscópica TAPP sem a fixação de tela de polipropileno em hérnias inguinais não volumosa. Métodos: Sistematização técnica do procedimento por meio de explicação detalhada e ilustrada de suas etapas. A metodologia apresentada foi testada comparativamente com a técnica aberta (Lichtenstein) e mostrou-se equivalente em relação a complicações pós-operatórias e recidivas em uma séria de mais de 100 casos consecutivos previamente publicada pelo Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário Cajuru, associado à Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Conclusão: A correção laparoscópica de hérnia inguinal via TAPP sem fixação de tela é segura, respaldada na literatura, reproduzível e com curva de aprendizado relativamente curta. Sua relevância se dá pela redução de custos, oferecida pela dispensa de tackers. Isso possibilita a ampliação do acesso laparoscópico aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde em nosso país. 
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Adaptação da técnica laparoscópica transabdominal pré-peritoneal (TAPP) sem fixação de tela, em hérnias inguinais: sistematização passo a passo do procedimento cirúrgico

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.0042417072

  • Palavras-chave: hérnia inguinal, laparoscopia, TAPP, tela de polipropileno, tackers

  • Keywords: inguinal hernia, laparoscopy, TAPP, polypropylene mesh, tackers

  • Abstract: Introduction: Inguinal hernia repair has been an area of recurring interest in global surgical practice, since numerous procedures have been described for its correction, reflecting the complexity of these hernias and the diversity of techniques available for their treatment. The laparoscopic approach has been shown to be superior to the traditional open surgery, due to the early return of patients to daily activities and reduced postoperative pain. However, the use of staplers to fix the meshes (tackers), in the transabdominal preperitoneal (TAPP) technique, increases the cost of the procedure. This fact limits its use in the brazilian Unified Health System (SUS), favoring the extraperitoneal technique, still not widely taught in General Surgery residency programs across Brazil. Currently, the use of tackers is not mandatory for hernias smaller than 4 cm, which opens up the possibility of their use in SUS patients, in selected cases. Objectives: Offer a technical systematization for inguinal hernia repair using the TAPP technique without mesh fixation, describing in detail the steps of the procedure. Methods: Technical systematization through a detailed and illustrated explanation of its steps. The presented methodology was tested comparatively with the open technique (Lichtenstein) and proved to be equivalent in relation to postoperative complications and recurrences in a series of more than 100 consecutive cases previously published by the General Surgery Department of Cajuru University Hospital, associated with the School of Medicine of the Pontifical Catholic University of Paraná. Conclusion: Laparoscopic inguinal hernia repair via TAPP without mesh fixation is safe, supported by the literature, reproducible and with a relatively short learning curve. Its relevance is due to cost reduction by ommiting the use of tacker. This systematization makes it possible to expand laparoscopic access to inguinal hernia repair in patients treated by the Unified Health System in our contry.

  • Jonas Heron de Pauli Flaksberg
  • Fernanda Cristina Arenas
  • Breno Eduardo Sobezak Kuceki
  • Eduardo Zeve Toppel
  • Gabriela Riera Chiamenti
  • William Augusto Casteleins
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