ÁCIDOS ORGÂNICOS COMO REGULADORES DA FERMENTAÇÃO RUMINAL EM BOVINOS DE CORTE
É crescente a preocupação da comunidade científica em avaliar alternativas capazes de potencializar a microflora ruminal. Por meio de produtos biologicamente seguros, ou seja, sem a utilização de antibióticos, com a finalidade de alterar o padrão de fermentação ruminal e estimular crescimento bacteriano, além da degradação da parede celular, foi proposto o uso de ácido málico como aditivo na dieta dos ruminantes de alta performance. O objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial da ação tamponante do ácido málico na fermentação ruminal in vitro de dieta para alto desempenho animal. Na produção acumulada de gases in vitro e na digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), em 24 horas de fermentação, não houve diferença entre adição ou não de ácido málico, no entanto, alterações na produção de gás foram observadas no início da fermentação (9 horas). Não foi observada diferença do pH no meio de incubação entre os tratamentos testemunha e com ácido málico. Em todo o período de incubação, as concentrações do ácido lático foram significativamente inferiores nos tratamentos ácido málico em relação aos testemunha. Conclui-se que o uso do ácido málico no meio de fermentação não afeta a DIVMS, o pH e tem potencial em controlar a concentração do ácido lático, evitando quadros que, na prática, poderiam ocasionar acidose nos bovinos mantidos em dieta de alto grão.
ÁCIDOS ORGÂNICOS COMO REGULADORES DA FERMENTAÇÃO RUMINAL EM BOVINOS DE CORTE
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DOI: 10.22533/at.ed.4212312065
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Palavras-chave: aditivo, ácido lático, ácido málico, ácido orgânico, pH, produção de gases
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Keywords: additive, lactic acid, malic acid, organic acid, pH, gas production
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Abstract:
The scientific community is increasingly concerned with evaluating alternatives capable of enhancing the rumen microflora. By means of biologically safe products, that is, without the use of antibiotics, with the purpose of altering the rumen fermentation pattern and stimulating bacterial growth, besides the degradation of the cell wall, the use of malic acid as an additive in the diet of high-performance ruminants has been proposed. The objective of the present study was to evaluate the potential of malic acid buffering action on in vitro rumen fermentation of high animal performance diet. In the accumulated in vitro gas production and in vitro dry matter digestibility (DIVMS), in 24 hours of fermentation, there was no difference between the addition or not of malic acid, however, changes in gas production were observed at the beginning of fermentation (9 hours). No difference was observed in the pH of the incubation medium between the control and malic acid treatments. Throughout the incubation period, the concentrations of lactic acid were significantly lower in the malic acid treatments compared to the control treatments. It is concluded that the use of malic acid in the fermentation medium does not affect DIVMS, pH and has the potential to control the concentration of lactic acid, avoiding conditions that, in practice, could cause acidosis in cattle kept on high grain diets.
- LIANDRA MARIA ABAKER BERTIPAGLIA
- Gabriel Maurício Peruca de Melo
- Wanderley José de Melo
- Paulo Henrique Moura Dian
- Priscila Fantozi
- Thiago de Oliveira Alves