Abordagens Silviculturais para o Reflorestamento no Brasil: uma Revisão
O Brasil é o segundo país no mundo com maior área florestal, com cerca de 498 milhões de ha de florestas. Além disso, é o país campeão em biodiversidade e, também, em número de espécies endêmicas do planeta. Sendo que, os bens e serviços prestados pelas florestas naturais possuem inúmeros valores sociais, ambientais e econômicos. No entanto, o desmatamento continua ocorrendo em escala alarmante em nosso país, tendo chegado a 1,2 milhão de hectares apenas no ano de 2019. Nesse sentido o reflorestamento vem demonstrando cada vez mais sua importância, como forma de reverter esse cenário. O presente trabalho tem por objetivo, expor, por meio de revisão de literatura, possíveis abordagens silviculturais para o reflorestamento em escala nacional. Em essência, a silvicultura representa o meio pelo qual o produtor florestal conduz a sua área levando-a a se desenvolver conforme seus interesses. Diversas são as opções de reflorestamento, dentre elas destacam-se as monoculturas, os plantios mistos e os Sistemas Agroflorestais. As monoculturas se justificam por possuírem vantagens de considerável importância para plantios em larga escala. Os plantios mistos, podem ser úteis para cultivo de múltiplos produtos na mesma área, unindo produção florestal com restauração ecológica. E os Sistemas Agroflorestais têm se mostrado como alternativa de reflorestamento economicamente viável em diferentes realidades socioeconômicas, incluindo pequenos e médios proprietários de terras. Em suma, o futuro da silvicultura tropical deve ser capaz de propor novos designs de florestas plantadas, que integrem tanto os interesses socioeconômicos de cada local, quanto as demandas ambientais e as especificidades ecológicas de cada contexto.
Abordagens Silviculturais para o Reflorestamento no Brasil: uma Revisão
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DOI: 10.22533/at.ed.4652102121
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Palavras-chave: sistemas silviculturais, sistemas agroflorestais, plantios mistos, restauração florestal, florestas multifuncionais
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Keywords: silvicultural systems, agroforestry systems, mixed plantations, forest restoration, multifunctional forests
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Abstract:
Brazil is the second country in the world with the largest forest area, with about 498 million hectares of forests. In addition, it is the first country in biodiversity and endemic tree species on the planet. Whereas, the goods and services provided by natural forests have numerous social, environmental and economic values. However, deforestation continues to occur at an alarming rate in our country, having reached 1.2 million hectares only in 2019. In this sense, reforestation has increasingly demonstrated its importance as a way of reversing this scenario. The present work aims to expose, through a literature review, possible silvicultural approaches to reforestation on a national scale. In essence, forestry represents the means by which the forester leads its area, managing it to develop according to his interests. There are several reforestation options, among them monocultures, mixed plantations and Agroforestry Systems. Monocultures justify itself for being advantageous for large-scale plantations. Mixed plantations are useful for growing multiple products at the same area, combining forest production with ecological restoration. Finally, Agroforestry Systems have proven to be an economically viable reforestation alternative for different socioeconomic realities, including small and medium landowners. In short, the future of tropical forestry must propose new planted forests designs able to integrate each local socioeconomic interests with the environmental demands and ecological specificities of each context.
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Número de páginas: 16
- Lucas Amaral de Melo
- Érick Martins Nieri
- Rodolfo Soares de Almeida
- Emily Darc Andrade dos Santos
- Raul Reis Assunção
