Abordagens medicamentosas e não medicamentosas no manejo terapêutico de mulheres com a Síndrome Tríade da Mulher Atleta
INTRODUÇÃO: A síndrome Tríade da Mulher Atleta (TMA) compreende um espectro de fatores que se relacionam entre si: baixa disponibilidade energética (DE), distúrbios hormonais e baixa densidade mineral óssea (DMO). O objetivo desta revisão foi investigar os princípios terapêuticos que possam guiar o profissional médico na escolha do manejo mais adequado da síndrome. METODOLOGIA: Para esta revisão integrativa, realizou-se a pesquisa nas bases de dados Scopus, Web of Science e MEDLINE/PubMed. O processo de busca se fez por meio dos descritores “Female Athlete Triad”, “Relative Energy Deficiency in Sport” e “Amenorrhea”. A seleção de artigos foi realizada no mês de julho de 2021, pela data de publicação (entre os anos de 2016 e 2021), tipos de artigo (estudos clínicos, estudos clínicos controlados randomizados, revisões de literatura e sistemática e metanálises) e idioma (inglês, português). Aliado a isso, excluiu-se artigos relacionados aos atletas masculinos e os que não tratavam da terapêutica. Esta revisão se restringiu ao total de 19 (dezenove) artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A abordagem inicial da TMA deve ser multidisciplinar e o cerne da terapêutica, prioritariamente, deve ser não farmacológico. Isso porque as possibilidades farmacológicas devem ser destinadas aos casos mais graves da síndrome. O tratamento com estradiol e progestagênio na via transdérmica (adesivo), aliado à suplementação de vitamina D e cálcio tem sido considerada a melhor opção. Em contrapartida, a abordagem com o emprego de contraceptivos hormonais, para ajustar a amenorreia, mascara a deficiência estrogênica e posterga o tratamento efetivo. Existem lacunas do conhecimento acerca do emprego de diversas medicações como PTH recombinante, IGF-1, bifosfonatos, leptina recombinante e algumas divergências quanto ao uso de bisfosfonatos.
Abordagens medicamentosas e não medicamentosas no manejo terapêutico de mulheres com a Síndrome Tríade da Mulher Atleta
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DOI: 10.22533/at.ed.7152229061
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Palavras-chave: Tríade da Mulher Atleta, Deficiência de Energia Relativa no Esporte, Amenorreia.
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Keywords: Female Athlete Triad, Relative Energy Deficiency in Sport, Amenorrhea.
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Abstract:
INTRODUCTION: The Female Athlete Triad Syndrome (AMT) comprises a range of factors that are interrelated: low energy availability (DE), hormonal disturbances and low bone mineral density (BMD). The goal of this review is to investigate the therapeutic principles that guide medical professionals when choosing the most appropriate management of the syndrome. METHODOLOGY: For this integrative review, a search was performed in the Scopus, Web of Science and MEDLINE / PubMed databases. The search process was carried out using the descriptors “Female Athlete Tria,”“Relative Energy Deficiency in Sports,” and “Amenorrhea”. The selection of articles was performed in July 2021, by publication date (between 2016 and 2021), types of articles (clinical studies, randomized controlled clinical trials, literature and systematic reviews and meta-analyses) and language ( English Portuguese). In conjunction to these, articles related to male athletes or that were not related to therapy were excluded. This review was restricted to a total of 19 (nineteen) articles. RESULTS AND DISCUSSION: The initial approach to TMA must be multidisciplinary and the core of the therapy, as a priority, must be non-pharmacological. Due to pharmacological approaches being aimed at the most severe cases of the syndrome. Treatment with estradiol and progestogen through the transdermal method(adhesive), together with vitamin D and calcium supplementation, has been considered the best option. On the other hand, the approach with hormonal contraceptives, adjusting for amenorrhea, masks the estrogen deficiency and postpones the effective treatment. There are gaps in the knowledge of the work of several medications such as recombinant PTH, IGF-1, bisphosphonates, recombinant leptin and some divergences regarding the use of bisphosphonates.
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Número de páginas: 15
- Leonardo Rizier Galvão
- Márcia Cristina Terra de Siqueira Peres
- Larissa Borges Ferreira
