ABORDAGEM SOBRE O ALZHEIMER PRECOCE: ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Introdução: O Alzheimer é a doença neurodegenerativa com maior
prevalência mundial, sendo considerada de início precoce, quando os primeiros
sintomas surgem em indivíduos com idade inferior ou igual a 60 anos. Observa-se que
o Alzheimer precoce tende a possuir um diagnóstico mais demorado, uma vez que
pode ser confundido com outros transtornos mentais, como a depressão. Desse modo,
ocorre demora para realizar o tratamento, o que pode contribuir na evolução da doença.
Objetivo: Compreender as causas do desenvolvimento, diagnóstico e tratamentos do
Alzheimer precoce. Método: Realizou-se a revisão da literatura nas bases de dados
MEDLINE, Scielo e Science Direct, nos quais foram considerados artigos publicados
entre 2010 e 2018. Os descritores utilizados para a busca dos artigos foram obtidos
no MeSH e no DeCS. Inicialmente, 48 artigos foram identificados e, após os critérios
de inclusão e exclusão, 29 artigos foram selecionados. Resultados: Observou-se que
o Alzheimer precoce é causado majoritariamente por fatores genéticos, sendo 10%
causado por herança dominante. Devido a esse padrão, cerca de 35% a 60% das
pessoas portadoras apresentam pelo menos um parente de primeiro grau também
afetado. Foram identificados quatro genes associados ao Alzheimer, em que mutações
em três desses genes, que codificam a proteína precursora de β-amiloide (APPβ),
a presenilina 1 e 2, levam ao tipo autossômico dominante da doença. Conclusão:
Concluiu-se que o Alzheimer precoce é majoritariamente uma doença genética com
uma hereditariedade entre 92% a 100%. Nesse contexto, a descoberta precoce da
doença garante uma melhor expectativa de vida ao paciente. O diagnóstico dessa
patologia pode ser realizado a partir de entrevistas, acompanhamento do histórico
dos sintomas, testes neuropsiquiátricos e emprego de biomarcadores que identificam
o peptídeo β-amiloide e a proteína tau. Portanto, é fundamental a existência de uma
equipe multidisciplinar circundando o paciente, além de alguns fármacos específicos
para o tratamento.
ABORDAGEM SOBRE O ALZHEIMER PRECOCE: ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
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DOI: 10.22533/at.ed.32020140219
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Palavras-chave: Doença de Alzheimer. Secretases da Proteína Precursora do Amilóide. Demência. Proteínas tau. Peptídeos beta-Amiloides.
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Keywords: Alzheimer’s Disease. Amyloid Precursor Protein Secretases. Dementia. Tau Proteins. Amyloid beta-Peptides.
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Abstract:
Introduction: Alzheimer’s is the most prevalent neurodegenerative
disease in the world, being considered early onset when the first symptoms appear in
individuals under or equal to 60 years old. It’s observed that early-onset Alzheimer’s
tends to have a longer diagnosis, since it can be confused with other mental disorders,
like depression. Thus, it takes time to perform treatment, which can contribute to
the evolution of the disease. Objective: To understand the causes, diagnosis, and
treatments of early-onset Alzheimer’s. Methods: The literature review was performed
in the databases of MEDLINE, Scielo and Science Direct, and were considered articles
published between 2010 and 2018. The descriptors used for the search of the articles
were obtained in MeSH and DeCS. Initially, 48 articles were identified and, after the
inclusion and exclusion criteria, 29 articles were selected. Results: It was observed
that early-onset Alzheimer’s is caused mostly by genetic factors, being 10% caused by
dominant heritage. Due to such pattern, 35% to 60% of people affected by the disease
presented at least one first degree relative affected as well. It were identified four genes
associated to Alzheimer’s, where mutations in three of these genes, which code the
precursor protein of β-amyloid, the presenilin 1 and 2, take to autosomal dominant type
of the disease. Conclusion: It’s concluded that early-onset Alzheimer’s is mostly a
genetic disease with an inheritance between 92% and 100%. In this context, the early
discovery of the disease ensures a better life expectancy for the patient. The diagnosis
of this pathology can be made from interviews, follow-up of the history of symptoms,
neuropsychiatric tests and use of biomarkers that identify the peptide β-amyloid and
the Tau protein. Therefore, it is essential to have a multidisciplinary team surrounding
the patient, in addition to some specific drugs for treatment.
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Número de páginas: 15
- Luisa Schilmann Frisso
- Pedro Enrico Cyprestes Sant’Anna
- Caroline Werneck Felippe
- Manuela Schwan Justo de Carvalho
- Eduarda Teixeira Lorenzoni
- João Pedro Miranda Pesca
- Mariana Stefenoni Ribeiro
- Fabio José Alencar da Silva
- Rafael Leite Aguilar
- Loise Cristina Passos Drumond
- Marcela Souza Lima Paulo
- Juliana Pelição Moraes