A VIVÊNCIA DO ALUNO DE MEDICINA SOB A PERSPECTIVA DO PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL ESCOLA – UFPEL
Introdução: o contato do estudante de medicina com o paciente permite que o conhecimento seja adquirido através da visão integral do indivíduo e de seu processo saúde-doença, evitando uma formação fragmentada do aluno. Objetivo: este estudo averigua a vivência dos alunos do curso de medicina da UFPel sob a perspectiva do paciente internado no HE UFPel. Metodologia: foram escolhidos 40 pacientes internados no HE-UFPEL, de forma aleatória, para responderem a questionário autoaplicados, com perguntas elaboradas com base em estudos encontrados na revisão da literatura. Os dados foram digitados em uma planilha no programa Microsoft Excel®. Resultados: a média de idade foi de 50 anos, 65% possuem apenas o nível fundamental e 62% ganham menos de 2.000,00 reais. Cerca de 90% afirmou que os estudantes sempre se apresentavam antes de examinarem, 95% afirmaram que os acadêmicos eram sempre educados e atenciosos e, para 85%, eles sempre pediam permissão para examinar. Entretanto, 2% responderam que já se sentiram desrespeitados durante o atendimento. Resultado semelhante foi encontrado em um estudo realizado em ambulatório médico universitário. Quase metade dos entrevistados afirmou que os alunos demonstravam insegurança às vezes no momento da anamnese e para 15% a fala e a explicação dos alunos apresentavam algum grau de dificuldade de compreensão. Cerca de 12% dos pacientes internados não acreditam que o sigilo médico-paciente seria respeitado, apesar da garantia de sigilo ser estabelecido pelo Código de Ética do Aluno de Medicina e pela Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde. Conclusão: este estudo aponta que os pacientes foram tratados com respeito aos princípios bioéticos. Entretanto, uma pequena parcela não acredita que o sigilo do paciente será respeitado pelo aluno, e quase metade dos entrevistados percebem que há uma evidente insegurança dos alunos ao lidar com os pacientes.
A VIVÊNCIA DO ALUNO DE MEDICINA SOB A PERSPECTIVA DO PACIENTE INTERNADO NO HOSPITAL ESCOLA – UFPEL
-
DOI: 10.22533/at.ed.3862030112
-
Palavras-chave: aluno de medicina, paciente, bioética, princípios, vivência
-
Keywords: medicine student, patient, bioethics, principles, experience
-
Abstract:
Introduction: the contact of the medical student with the patient allows knowledge to be acquired through the integral view of the individual and his health-disease process, avoiding a fragmented formation of the student. Objective: to investigate the experience of medical students of UFPel from the perspective of the patient hospitalized at HE UFPel. Methodology: 40 patients hospitalized at HE-UFPEL were randomly to answer a self-administered questionnaire, with questions elaborated based on studies found in the literature review. The data was entered in a spreadsheet in the Microsoft Excel ®. Results: the mean age was 50 years, 65% have only the elementary level and 62% earn less than 2,000.00 reais monthly. About 90% said that students always presented themselves before examining, 95% said that academics were always educated and attentive and, for 85%, they always asked for permission to examine. However, 2% answered that they already felt disrespected during the service. A similar result was found in a study conducted in a university medical outpatient clinic. Almost half of the interviewees stated that the students showed insecurity sometimes at the time of anamnesis and for 15% the speech and explanation of the students presented some degree of difficulty of understanding. About 12% of hospitalized patients do not believe that medical-patient confidentiality would be respected, although the guarantee of confidentiality is established by the Code of Ethics of medical students and the Charter of the Rights of Health Users. Conclusion: this study indicates that patients were treated with respect to bioethical principles. However, a small portion does not believe that patient confidentiality will be respected by the student, and almost half of the interviewees realize that there is a clear insecurity of students when dealing with patients.
-
Número de páginas: 15
- NATHÁLIA HELBIG DIAS
- ROGÉRIO DA SILVA LINHARES
- EDNALDO MARTINS DOS SANTOS