A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA SOB ANÁLISE DE SUA REALIDADE NO BRASIL E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
A violência obstétrica pode ser definida como uma assistência negligente, que se materializa como qualquer ato de invasão ou intervenção sem consentimento, por parte dos profissionais de saúde, direcionada a parturiente e/ou ao recém-nascido. Objetivo: identificar na literatura disponível nas bases de dados eletrônicas evidencias cientificas sobre violência obstétrica e formas de enfrentamento. Trata-se de um estudo de revisão integrativa, para a síntese dos resultados de múltiplas pesquisas de forma sistemática e ordenada. O estudo evidenciou que a assistência obstétrica na atualidade por um despreparo dos profissionais de saúde, que apresentam um total desconhecimento científico de informações fundamentais, como a importância do contato e entre mãe e filho dentro de primeira hora de vida, ou dos malefícios ligados a episiotomia, que pode ser considerada uma mutilação genital, além disso, a ausência de conhecimento jurídico sobre os direitos das gestantes. Conclui-se que a violência obstétrica continua presente na prática de algumas maternidades publicas e privadas, se apresentado por meio da violência institucional, física, sexual, moral, psicológica e verbal. Essa afirmação pode ser comprovada pelos dados do Inquérito Nacional “Nascer no Brasil” onde se observou que em 37% das mulheres participantes do estudo foi realizada manobra de Kristeller, além disso, o índice de nascimento por cesarianas no Brasil apresenta taxa de 55% de todos os nascidos vivos, onde o estipulado pela OMS seria apenas 15%. Para o enfrentamento desta realidade, mesmo que de forma discreta, algumas estratégias vêm sendo desenvolvidas e implementadas para que a prática da violência obstétrica dê lugar ao atendimento humanizado.
A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA SOB ANÁLISE DE SUA REALIDADE NO BRASIL E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
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DOI: 10.22533/at.ed.6802127019
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Palavras-chave: 1. Violência Obstétrica 2. Enfrentamento 3. Parto Humanizado
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Keywords: 1. Obstetric Violence 2. Coping 3. Humanized Delivery
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Abstract:
COPING STRATEGIES
Abstract: Obstetric violence can be defined as negligent assistance, which materializes as any act of invasion or intervention without consent, by health professionals, directed at the parturient and / or the newborn. Objective: to identify in the literature available in the electronic databases scientific evidence about obstetric violence and ways of coping. It is an integrative review study, for the synthesis of the results of multiple researches in a systematic and orderly manner. The study showed that obstetric care nowadays due to the unpreparedness of health professionals, who have a total lack of scientific knowledge of fundamental information, such as the importance of contact and between mother and child within the first hour of life, or the harms associated with episiotomy , which can be considered genital mutilation, in addition, the lack of legal knowledge about the rights of pregnant women. It is concluded that obstetric violence remains present in the practice of some public and private maternity hospitals, if presented through institutional, physical, sexual, moral, psychological and verbal violence. This statement can be confirmed by data from the National Survey “Born in Brazil”, where it was observed that in 37% of the women participating in the study, Kristeller maneuver was performed, in addition, the birth rate for cesarean sections in Brazil has a rate of 55%. all live births, where the WHO stipulated would be only 15%. To face this reality, even if in a discreet way, some strategies have been developed and implemented so that the practice of obstetric violence gives way to humanized care.
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Número de páginas: 25
- Gercia Maria Araújo de Oliveir
- Maria Fátima Maciel Araújo
- Nicely Alexandra da Silva
- Nicolau da Costa
- Renata Soares Aguiar
- Lúcia Oliveira Veras Bezerra Pinheiro