A “TURISTIFICAÇÃO” DE UM LUGAR DE MEMÓRIA É POSSÍVEL? UM ESTUDO SOBRE O SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO CAIS DO VALONGO (RIO DE JANEIRO, BRASIL)
O objetivo deste trabalho é o de
analisar de forma descritiva como o Cais do
Valongo, e mais especificamente a memória
dos afrodescendentes sobre esse espaço que
evidencia o período escravocrata no país,
vem sendo apropriado turisticamente pelas
políticas oficiais da Prefeitura e iniciativas de
movimentos negros do Rio de Janeiro. O Cais
do Valongo é considerado o maior porto de
entrada de africanos na América Latina, já que
recebeu entre 500 mil e 1 milhão de negros
escravizados no Rio de Janeiro entre os anos
de 1811 e 1831. Utiliza-se os conceitos de
memória coletiva de Candau (2011), já que
está diretamente relacionada à construção
da identidade de um grupo, neste caso, os
afrodescendentes; e de lugar de memória de
Pierre Nora (1993), pois se trata de um espaço
com notável interesse material, simbólico e
funcional para o mesmo grupo. Fez-se análise
aprofundada do Cais do Valongo, e realizouse
observação direta assistemática a campo e
pesquisa bibliográfica sobre memória, lugar de
memória e turismo cultural. Após a discussão
teórica realizada, considera-se que o turismo
no Cais do Valongo deve ser o fenômeno
conciliador entre diferentes atores (poder
público, iniciativa privada e movimento negro),
cujo protagonista é o grupo que reivindica sua
memória, os afrodescendentes.
A “TURISTIFICAÇÃO” DE UM LUGAR DE MEMÓRIA É POSSÍVEL? UM ESTUDO SOBRE O SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO CAIS DO VALONGO (RIO DE JANEIRO, BRASIL)
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DOI: 10.22533/at.ed.1701908056
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Palavras-chave: Sitio Arqueológico do Cais do Valongo. Lugar de Memória. Turismo.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Angela Teberga de Paula
- Vania Beatriz Merlotti Herédia