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capa do ebook A SOCIEDADE AGRÍCOLA PARAENSE E OS OFÍCIOS DE CONSELHEIRA PROVINCIAL E PROPAGADORA DA CIÊNCIA AGRONÔMICA NO SÉCULO XIX

A SOCIEDADE AGRÍCOLA PARAENSE E OS OFÍCIOS DE CONSELHEIRA PROVINCIAL E PROPAGADORA DA CIÊNCIA AGRONÔMICA NO SÉCULO XIX

Em 1885, segmentos de proprietários

rurais da província do Pará criaram a Sociedade

Agrícola Paraense (SAP), justificada como ação

necessária para promover os melhoramentos

e benefícios da lavoura. No discurso fundador

da nova sociedade ficavam evidenciados

os interesses de seus idealizadores que

apontavam para a falta de capitais, necessidade

de braços suficientes para produção, educação

profissional como ainda não presente entre

os agricultores, melhoramento dos portos de

embarque e desembarque de produtos no

interior da província, aumento da navegação a

vapor, facilidade na importação de aparelhos e

instrumentos agrícolas que pudessem aumentar

as forças produtivas e melhorar a qualidade dos

produtos que estavam ainda desconhecidos,

combate as enfermidades que atacavam as

populações agrícolas e o abuso do comércio

ambulante, que não produziam as rendas para

o tesouro público. Neste contexto, procuramos

analisar os principais debates em torno da

criação do SAP e publicados no periódico

da entidade, O Agrário. Convencionalmente,

tratava-se de organizações que ficaram

conhecidas como sociedades auxiliadoras,

isto por que se entendia que ao governo era

concebida a atribuição de tutelar a todos os

interesses sociais considerados legítimos,

incluindo assim a agricultura. No entanto,

embora a administração pública tivesse a

obrigação de desenvolver meios que facilitassem

a prática agrícola, esta necessitaria do apoio

do que chamavam de cidadãos preocupados

com o progresso do país, assim como das

provocações e da iniciativa dos interessados

em promover a lavoura. Sendo assim, auxiliar

a agricultura para os proprietários de terra

significava muito mais que promover o benefício

de suas propriedades, mas também assegurar

uma produção baseada em estudos científicos,

modernos e que tivesse como perspectiva o

progresso do setor agrário. Era nesse princípio,

portanto, que se justificavam, ideologicamente,

as sociedades agrícolas e apontava a ausência

dessas entidades como também um dos males

a que sofria a agricultura. Ao que se observa, a

SAP será compreendida como conselheira da

administração provincial, como defensora do

incremento de novas técnicas ao cultivo e a propagação de conhecimentos científicos

e úteis, ou ainda como defensora de que a modernização da província dependia da

implementação desses novos saberes técnicos pelos fazendeiros e agricultores.

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A SOCIEDADE AGRÍCOLA PARAENSE E OS OFÍCIOS DE CONSELHEIRA PROVINCIAL E PROPAGADORA DA CIÊNCIA AGRONÔMICA NO SÉCULO XIX

  • DOI: 10.22533/at.ed.0232011028

  • Palavras-chave: Sociedade Agrícola; Amazônia; Século XIX.

  • Keywords: Agricultural Society; Amazon; XIX century

  • Abstract:

    In 1885, segments of rural landowners in the province of Pará created the

    Paraense Agricultural Society (SAP), justified as a necessary action to promote crop

    improvements and benefits. The founding discourse of the new society showed the

    interests of its creators who pointed to the lack of capital, the need for sufficient arms

    for production, professional education as not yet present among farmers, improvement

    of ports of embarkation and disembarkation of products within the region. provinces,

    increased steam navigation, ease of importation of agricultural apparatus and

    instruments that could increase productive forces and improve the quality of products

    that were still unknown, combat the diseases that attacked agricultural populations and

    the abuse of street commerce, which was not they produced the rents for the public

    treasury. In this context, we seek to analyze the main debates surrounding the creation of

    SAP and published in the journal of the entity, The Agrarian. Conventionally, these were

    organizations that became known as auxiliary societies, because it was understood

    that the government was conceived to assign the protection of all social interests

    considered legitimate, including agriculture. However, while the public administration

    had an obligation to develop means to facilitate agricultural practice, it would need

    the support of what they called citizens concerned about the country’s progress, as

    well as the provocations and initiative of those interested in promoting farming. Thus,

    assisting agriculture for landowners meant much more than promoting the benefit of

    their property, but also ensuring production based on scientific, modern studies that

    had the prospect of progress in the agrarian sector. It was on this principle, therefore,

    that agricultural societies were ideologically justified and pointed to the absence of

    such entities as also one of the evils suffered by agriculture. As it turns out, SAP will be

    understood as an advisor to the provincial administration, as an advocate of increasing

    new cultivation techniques and the spread of useful scientific knowledge, or as an

    advocate that the modernization of the province depended on the implementation of

    this new technical knowledge. by farmers and farmers.

  • Número de páginas: 16

  • Francivaldo Alves Nunes
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