A riqueza de serpentes
O Brasil abriga 412 espécies de serpentes, sendo que 92 ocorrem no Estado do Rio
de Janeiro e 52 são endêmicas da Mata Atlântica. A Floresta da Pedra Branca está protegida,
em sua maior parte, pelo Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB) com 12.492 ha na Região
Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Apesar da pressão antrópica, existem localidades
com cobertura vegetal em estágio avançado de regeneração natural, como a região da Estação
Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EFMA), com 430 ha, localizada na vertente leste do
remanescente. A EFMA está parcialmente sobreposta ao PEPB e abriga uma rica
biodiversidade, inclusive de serpentes. O presente estudo teve como objetivo listar as espécies
de serpentes que habitam a EFMA, utilizando metodologias de busca ativa, identificação por
registros fotográficos e coletas efetuadas por terceiros. De março de 2007 a janeiro de 2021
foram registradas 35 indivíduos correspondendo a 16 espécies, pertencentes a cinco famílias:
Dipsadidae (9 spp.), Colubridae (4 spp.), Viperidae, Boidae e Elapidae (N = 1 sp. cada). As
espécies mais abundantes foram: Thamnodynastes nattereri (N = 10); Erythrolamprus miliaris
(N = 5); Bothrops jararaca (N = 3) e Siphlophis compressus (N = 3). Os problemas que
afetam a taxocenose de serpentes na EFMA são os impactos antrópicos como desmatamento,
incêndios, impactos da visitação, espécies exóticas invasoras, dentre outros. Esse foi o
primeiro estudo realizado com serpentes iEFMA, que possui remanescentes de Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas e Submontana.
A riqueza de serpentes
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DOI: 10.22533/at.ed.2162305065
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Palavras-chave: Ecologia, biodiversidade, preservação, taxocenose de serpentes.
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Keywords: -
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Abstract:
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- Ricardo Moratelli