A REPRESENTAÇÃO FEMININA E EXPRESSIVIDADE LÍRICA NAS PERSONAGENS DE CORA CORALINA
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo precípuo analisar quatro poemas de Cora Coralina: Todas as Vidas (2004: 32b) Minha Cidade (1978: 21a) Mulher da vida (2004: 202b), Aninha e suas Pedras (2013:148) sob a ótica feminina em suas personagens, respectivamente, dos autos retromencionados, procurando analisar ficção e história no contexto da enunciação, analisando quais unidades político-sociais se configuram com a obra, já que a autora procurou fixar no plano literário a geografia física e humana de sua terra natal – Goiás, suas características, nos seus diálogos e nos personagens que as rodeiam. Tais considerações nos remetem a outro ponto que merece atenção no que se refere a autonomia do ser, é um pensamento em linhas significativas de variações recorrentes a cada época histórica. Cora Coralina não ficou imune a essa situação, mesmo tendo um olhar para além da pós modernidade. O objetivo principal desta pesquisa é analisar e apontar essas potencialidades num trabalho hermenêutico. No intuito de atingir esses objetivos, utilizar-se-ão como referencial teórico, inicialmente, o diálogo e a reflexão do poeta e ensaísta mexicano Octávio Paz (1988-1994), que se estabelecem em outras discussões, tais como a relação do eu lírico com o tempo e com o corpo da cidade. Pretende-se pensar, no artigo, as ideias que estão na base da meditação como base de nossa pesquisa, os teóricos: Denófrio(2004), Barchelard (1989) entre outros. Dessa forma, a carga poética marcada por uma força vinda do coração do Brasil, que enaltece os ermos goianos, a antiga capital de Goiás, com suas pedras, seus becos e estórias mais. Serão enaltecidos e caracterizados como a fortuna crítica e poética da autora do Planalto Central.
A REPRESENTAÇÃO FEMININA E EXPRESSIVIDADE LÍRICA NAS PERSONAGENS DE CORA CORALINA
-
DOI: 10.22533/at.ed.5352002104
-
Palavras-chave: Cora Coralina. Autos. Poesia. Ficção. História.
-
Keywords: Cora Coralina. Autos. Poetry. Fiction. Story.
-
Abstract:
ABSTRACT: The main objective of this article is to analyze four poems by Cora Coralina: Todas as Vidas (2004: 32b) Minha Cidade (1978: 21a) Mulher da vida (2004: 202b), Aninha and her Rocks (2013: 148) under the female perspective in their characters, respectively, of the aforementioned autos, seeking to analyze fiction and history in the context of the enunciation, analyzing which political-social units are configured with the work, since the author sought to fix the physical and human geography of their homeland - Goiás, their characteristics, in their dialogues and in the characters that surround them. Such considerations lead us to another point that deserves attention with regard to the autonomy of being, it is a thought in significant lines of recurring variations at each historical time. Cora Coralina was not immune to this situation, even looking beyond post-modernity. The main objective of this research is to analyze and point out these potentialities in a hermeneutic work. In order to achieve these goals, the dialogue and reflection of the Mexican poet and essayist Octávio Paz (1988-1994) will be used as a theoretical reference, which are established in other discussions, such as the relation of the lyrical self with time and with the body of the city. We intend to think, in the article, the ideas that underlie meditation as the basis of our research, the theorists: Denófrio (2004), Barchelard (1989) among others. In this way, the poetic charge marked by a force coming from the heart of Brazil, which praises the goian herds, the old capital of Goiás, with its stones, its alleys and stories more. They will be praised and characterized as the critical and poetic fortune of the author of Planalto Central.
-
Número de páginas: 11
- Marta Bonach
