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A religião como espelho do homem: lentes convergentes entre Gianni Vattimo e Rubem Alves sobre o futuro da religião.

O objetivo deste capítulo é analisar lentes convergentes entre o filósofo Italiano Gianni Vattimo, e do Teólogo e escritor brasileiro Rubem Alves sobre religião e ética através da arte, como momento libertador, capaz de imaginar e criar qualquer coisa, incluindo o futuro da religião. A metodologia foi uma análise hermenêutica das obras do filosofo italiano Gianni Vattimo, e do escritor Rubem Alves. A religião como espelho do homem, título desse capítulo, foi inspirado em Rubem Alves, que ao comentar a afirmação feita por Ludwig Feuerbach que “todo pensamento sobre Deus é um pensamento sobre nós mesmos”, conclui que a religião então, seria o espelho do homem. Alves descreve a cultura como o nome que se dá a este mundo que os homens imaginam e constroem e, portanto, a religião não se resolve em nenhuma interpretação do passado, mas sim na criação do futuro. Gianni Vattimo fórmula e defende um pensamento chamado de pensiero debole (pensamento enfraquecido), e acredita que o futuro em construção deve ser inspirado na Kênosis de Jesus, a encarnação do Filho de Deus. A encarnação do Jesus poderia ser interpretada como um enfraquecimento, um rebaixamento de Deus em relação ao homem, e assim a relativização contida no plural poderia ser o princípio de afirmação do outro. Como resultados esperamos discutir que a religião sem metafísica citada Rubem Alves na obra de Feuerbach, reaparece em Vattimo para criar o futuro baseada em uma virtude cristã imanente: a caridade.  Como conclusão esperamos convergir o pensamento de Rubem Alves em que a religião tem poder, o amor e a dignidade do imaginário, com o pensamento de Vattimo em que enfraquecimento do ser em direção ao qual está orientada a história da salvação prepara a transferência do real para o plano das qualificações secundárias, do espiritual, do ornamental.
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A religião como espelho do homem: lentes convergentes entre Gianni Vattimo e Rubem Alves sobre o futuro da religião.

  • DOI: 10.22533/at.ed.7882307124

  • Palavras-chave: Rubem Alves. Religião. Gianni Vattimo. Arte.

  • Keywords: Rubem Alves. Religion. Gianni Vattimo. Art

  • Abstract: The objective of this chapter is to analyze converging lenses between the Italian philosopher Gianni Vattimo, and the Brazilian theologian and writer Rubem Alves on religion and ethics through art. Understanding art as a liberating moment, capable of imagining and creating anything, including the future of religion. The methodology was a hermeneutic analysis of the works of the Italian philosopher Gianni Vattimo, and the writer Rubem Alves. Religion as a mirror of man, the title of this chapter, was inspired by Rubem Alves, who, when commenting on the statement made by Ludwig Feuerbach that “every thought about God is a thought about ourselves”, concluded that religion would then be the mirror of man. Alves describes culture as the name given to this world that men imagine and build and, therefore, religion is not resolved in any interpretation of the past, but rather in the creation of the future. Gianni Vattimo formulates and defends a thought called "weak thought" and believes that the future under construction must be inspired by the Kenosis of Jesus, the incarnation of the Son of God. The incarnation of Jesus could be interpreted as a weakening, a demotion of God about man. Thus the relativization contained in the plural could be the principle of affirmation of the other. We hope to discuss that the religion without metaphysics cited by Rubem Alves in Feuerbach's work, reappears in Vattimo to create the future based on an inherent Christian virtue: Caritas. As a conclusion, we hope to converge Rubem Alves' thought in which religion has power, love, and dignity of the imaginary, with Vattimo's thought in which the weakening of the being towards which the history of salvation is oriented prepares the transfer of the real to the plane of secondary qualifications, the spiritual, the ornamental.

  • Irineu José Bottoni
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