Este trabalho explora eventos cruciais desde a Revolução Industrial, que desempenharam um papel fundamental na redução da energia cinética dos ventos e sua correlação com o aquecimento global. Enquanto os fatores que contribuem para o aumento das temperaturas são amplamente discutidos, a atenção aos elementos que colaboram diretamente para o resfriamento do planeta é notavelmente escassa. A circulação atmosférica, essencial nesse contexto, está sendo cada vez mais impactada. Na atmosfera, a coesão do ar, atuando como um corpo unificado devido à ausência de vácuo, destaca a importância de obstáculos na circulação livre do ar, influenciando significativamente o movimento das massas de ar. O transporte de calor da superfície para camadas superiores da troposfera pelo ar úmido é crucial para a redução da temperatura terrestre. O resfriamento primário ocorre nos ventos alísios, onde o ar úmido ascendente, ao atingir grandes altitudes, irradia calor para o espaço, contribuindo para a redução da temperatura em áreas tropicais. A presença vital dos ventos na circulação atmosférica é comprometida pelo aumento da rugosidade da Terra devido à urbanização, resultando em turbulência que reduz a energia cinética dos ventos. A Revolução Industrial e o crescimento populacional acelerado desde 1800 impulsionaram a concentração urbana, resultando em uma expansão vertical das cidades. Atualmente, 5% da superfície do planeta é ocupada por centros urbanos, e se prevê que 61% da população mundial viverá em áreas urbanas até 2025, contribuindo para o aumento desta estatística. A escassez de medidas que contribuam para a redução da interferência dos edifícios nos padrões de circulação do vento nas grandes cidades é alarmante, fazendo-se necessária a condução de estudos e definição de diretrizes para orientar construções de maneira sustentável, promovendo abordagens mais equilibradas para o desenvolvimento urbano. A expansão urbana pode ser positivamente explorada com um planejamento eficiente na construção de novos edifícios, contribuindo para mitigar a turbulência dos ventos causada pela rugosidade superficial, resultando em uma maior transferência de calor da superfície terrestre para o espaço.