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A RELAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL COM O AGRAVAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

A microbiota intestinal é um importante elemento para a manutenção da saúde dos seres humanos. Ela é composta, principalmente, por bactérias – em sua maioria anaeróbicas –, fungos e vírus. Sua formação se inicia a partir do nascimento. A microbiota tem influência na destruição dos neurônios intestinais devido a uma alimentação desregulada, e isso pode progredir até os neurônios cerebrais. Disfunções da microbiota podem cursar com doença neurodegenerativa, como a doença de Alzheimer (DA). A DA é uma doença que acarreta a morte dos neurônios pelo aumento desregulado de peptídeos do tipo Tau e fragmentos - amiloides, fazendo com que o cérebro sofra uma atrofia e perca suas funções a partir do depósito de placas que inibem as sinapses neuronais – essenciais para o funcionamento cerebral. A comunicação da microbiota intestinal com o cérebro é denominada eixo-intestino-cérebro, sendo fundamental para a regulação da fisiologia de ambos os sistemas. A existência desse eixo supõe que a disbiose intestinal possa acarretar inflamação crônica, reações metabólicas e imunogênicas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é entender como a microbiota interfere e se relaciona com o nosso cérebro; compreender de que modo o cérebro e a DA podem ser modificados por meio da microbiota intestinal; e entender as perspectivas de tratamento. Para isso, realizou-se pesquisas de revisão bibliográfica qualitativa em artigos sobre microbiota intestinal e o surgimento e agravamento da DA. Nos resultados, observou-se que a microbiota intestinal dos pacientes com Alzheimer possui maior quantidade de bactérias pró- inflamatórias e uma diminuição de bactérias anti-inflamatórias, com isso aumenta os níveis de inflamação no plasma. Os probióticos prebióticos e alguns tipos de dieta se mostram benéficos por alterarem a microbiota intestinal dos pacientes. Portanto, observou-se que as alterações na microbiota intestinal estão ligadas ao desenvolvimento da doença de Alzheimer.
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A RELAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL COM O AGRAVAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.0762412062

  • Palavras-chave: Microbiota intestinal. Alzheimer. Disbiose. Demência.

  • Keywords: Gut Microbiota. Alzheimer's. Dysbiosis. Dementia.

  • Abstract: Gut microbiota is an important element in maintaining the health of human beings. It is mainly composed of bacteria – mostly anaerobic – fungi and viruses. Its formation starts from birth. The microbiota has an influence on the destruction of intestinal neurons due to an unregulated diet, and this can progress to brain neurons. Microbiota dysfunctions can lead to neurodegenerative disease, such as Alzheimer's disease (AD). AD is a disease that causes the death of neurons by the unregulated increase of Tau-type peptides and fragments - amyloids, causing the brain to atrophy and lose its functions from the deposition of plaques that inhibit neuronal synapses - essential for brain functioning. The communication between the gut microbiota and the brain is called the gut-brain axis (GBA), and it is essential for regulating the physiology of both systems. The existence of this axis assumes that intestinal dysbiosis can lead to chronic inflammation, metabolic and immunogenic reactions. Thus, the objective of this work is to understand how the microbiota interferes and relates to our brain; understand how the brain and AD can be modified through the gut microbiota; and understand the prospects for treatment. For this, qualitative literature review research was carried out on articles on gut microbiota and the emergence and worsening of AD. In the results, it was observed that the gut microbiota of patients with Alzheimer's has a greater amount of pro-inflammatory bacteria and a decrease in anti-inflammatory bacteria, thus increasing the levels of inflammation in the plasma. Prebiotics, probiotics and some types of diet prove to be beneficial by altering the gut microbiota of patients. Therefore, it was observed that changes in the gut microbiota are linked to the development of Alzheimer's disease.

  • Gabriela Cardoso Rodrigues
  • Ana Carolina Storch Oliveira
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