O estágio da Residência em Saúde Coletiva e Atenção Primária da Universidade de São
Paulo (USP) foi realizado pelo caminhar compartilhado com as integrantes da Rede de
Mulheres Negras para a Soberania Alimentar e Nutricional (REDESSAN) o que oportunizou
participar um pouco da vivência e experiência do protagonismo de nós mulheres negras em
busca da garantia dos Direitos Humanos com ênfase na Soberania e Segurança Alimentar e
Nutricional (SSAN). E uma das atividades, que é expressada em tela, teve como objetivo
mapear a Rede Alimentar Alternativa (RAA) em São Paulo/SP de forma colaborativa com as
comunidades tradicionais e as(os) agricultoras(es) familiares. A pesquisa justifica-se a partir
da problematização do cenário atual do nosso país em que o acesso aos alimentos saudáveis
encontra-se limitado e a fome toma proporções cada vez maiores, e reconhecer as
cooperativas e os grupos que focam na produção e a oferta de alimentos convergentes com a
agroecologia é de suma importância para população brasileira, as(o) gestoras(es), as
instituições públicas(os) e os movimentos populares, sendo um dos caminhos para a
implementação das políticas e atos normativos públicos que versam pela Segurança
Alimentar e Nutricional (SAN), a reafirmação do direito aos territórios, a disseminação das
sementes crioulas, a valorização da agricultura familiar e o desenvolvimento territorial mais
sustentável com inclusão socioprodutiva e geração de renda. Diante desse contexto, o
presente capítulo vai apresentar as principais iniciativas do Estado de São Paulo - SP que
compõem a RAA, sendo referência e inspiração em SAN.