A REALIDADE DO TRABALHO FEMININO NOS TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NO BRASIL
Com o surgimento da COVID-19, muitas situações de desigualdade foram agravadas no Brasil. As questões de violência doméstica, o aumento da desigualdade social, o aumento do número de pessoas em condições de miserabilidade nas ruas, de desempregados e das diferenças salarias de gênero, estão entre os agravamentos mais sérios, com resultados negativos significativos. A presente pesquisa, advinda do projeto de pesquisa intitulado “Coletivo Feminino: o abuso nas relações de trabalho no Brasil”, realizado na UNIRIO, tem como objetivo traçar os parâmetros de diferenciação entre o mercado de trabalho no Brasil, entre homens e mulheres. Conforme visto neste estudo, dado o isolamento social, muitas mulheres tiveram um aumento significativo em seu trabalho não remunerado, desenvolvendo suas atividades não apenas em seu labor e as atividades “normais” em seu lar, como também um maior acompanhamento educacional de seus filhos. O número de mulheres atuantes nessa situação é, em média, três vezes maior do que a participação masculina. Além disso, também em função do isolamento social, verificamos um aumento significativo de casos de violência contra a mulher e feminicídio, isto levando em consideração casos denunciados e conhecidos. Além de toda a dificuldade, já conhecida, para a mulher fazer a denúncia de violência sofrida, o isolamento trouxe uma maior dificuldade para que muitas saíssem de seus lares a fim de denunciar, seja pela exposição ao vírus ou por se sentir refém em seu próprio lar. Para a realização deste estudo, utilizamos o método quantitativo, buscando estatísticas, notícias e artigos, além de pesquisa em bibliografia específica. Como o estudo ainda está em andamento, não foi possível uma conclusão, mas podemos verificar que a pandemia não alterou o quadro de desigualdade de gênero do mercado de trabalho no Brasil, o que ocorre é um agravamento da disparidade que já existe pelo isolamento social e suas consequências.
A REALIDADE DO TRABALHO FEMININO NOS TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NO BRASIL
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DOI: 10.22533/at.ed.6432216023
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Palavras-chave: mulher; coronavírus; pandemia; trabalho; desemprego
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Keywords: woman; coronaviruses; pandemic; work; unemployment.
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Abstract:
With the appearing of COVID-19, many circumstances of inequality were aggravated in Brazil. Domestic violence issues, rising inequality, growing numbers of unemployed people and people living in unhuman conditions on the streets, besides the gender pay gaps are among the most serious aggravations with significant negative results. This current study, based on the research project entitled Coletivo Feminino: o abuso nas relações de trabalho no Brasil, and conducted at UNIRIO University, aims to investigate the offset parameters between men and women in the labor market in Brazil. As seen in this study, due to the social isolation, the non-paid work for women increased. These women start doing activities, not only regarding their career or typical housework, but they also start following more closely their children’s education. The number of women working in these circumstances is, on average, three times higher than male number. Furthermore, also due to social isolation, we found a significant increase in cases of violence against women and in the feminicide statistics, considering reported and known cases. In addition to all the known difficulties for women to denounce the abuses, social isolation improved the difficulties to leave their homes in order to report the aggressor, either by exposure to the virus or the feeling of being hostage at their own home. For this study, we applied the quantitative method, based on news, articles and researches in specifics indices. Due to the study’s ongoing status, it wasn’t possible to draw a conclusion yet, but we can verify that the pandemic didn’t change the gender inequality of the labor market in Brazil, but it is making the disparity that already exists worse as a result of social isolation and its consequences.
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Número de páginas: 15
- Priscilla Nóbrega Vieira de Araújo
- VERONICA AZEVEDO WANDER BASTOS