A QUESTÃO AMBIENTAL CONTEMPORÂNEA SOB A PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO
Este trabalho busca revisar e discutir a questão ambiental utilizando o materialismo histórico como abordagem metodológica. A primeira trata do estudo da degradação ambiental oriunda de um desequilíbrio nas relação com a natureza; enquanto que a finalidade do segundo é o estudo da sociedade, da economia e da história. O materialismo histórico foi inicialmente proposto por Marx, nele as causas do desenvolvimento e mudanças na sociedade são analisadas nos meios pelos quais a humanidade produz coletivamente as condições concretas de vida no mundo material. À medida que aumenta a capacidade de intervir na natureza para satisfação de necessidades crescentes, pela industrialização e uso de novas tecnologias, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço, territórios e dos recursos. A análise das conexões sociedade-natureza por essa visão dialética valoriza o papel das relações econômicas na sociedade e, assim, possibilita uma compreensão mais clara dos atuais problemas ambientais e suas interconexões. A revolução industrial e seus impactos diretos na nova dinâmica social, econômica e pessoal, a partir do século XIX são abordadas, assim como as externalidades geradas pelos diversos processos produtivos e industriais e suas consequências ambientais, sociais e para a saúde total. A preocupação com o ambiente e a finitude dos recursos naturais levaram ao fortalecimento dos movimentos ambientalistas, pesquisas e encontros mundiais para discutir os avanços e limites do desenvolvimento, conservação ambiental e busca de soluções inovadores para garantir o desenvolvimento sustentável, tanto econômico, social quanto ambiental.
A QUESTÃO AMBIENTAL CONTEMPORÂNEA SOB A PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO
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DOI: 10.22533/at.ed.6852010081
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Palavras-chave: Crise Ambiental. Externalidades. Sustentabilidade. Conservação.
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Keywords: Environmental Crisis. Externalities. Sustainability. Conservation.
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Abstract:
This paper seeks to review and discuss the environmental issue using historical materialism as a methodological approach. The first deals with the study of environmental degradation resulting from an imbalance in the relationship with nature, while the purpose of the second is the study of society, economics and history. Historical materialism was initially proposed by Marx, in which the causes of development and changes in society are analyzed in the means by which humanity collectively produces the concrete conditions of life in the material world. As the capacity to intervene in nature increases to satisfy growing needs, through industrialization and the use of new technologies, tensions and conflicts arise regarding the use of space, territories and resources. The analysis of society-nature connections through this dialectical view values the role of economic relations in society and, thus, enables a clearer understanding of current environmental problems and their interconnections. The industrial revolution and its direct impacts on the new social, economic and personal dynamics, from the 19th century onwards, are addressed, as well as the externalities generated by the various productive and industrial processes and their environmental, social and total health consequences. The concern for the environment and the finitude of natural resources have led to the strengthening of environmental movements, research and worldwide meetings to discuss the advances and limits of development, environmental conservation and the search for innovative solutions to guarantee sustainable development, both economically, socially and environmentally.
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Número de páginas: 25
- Geonildo Rodrigo Disner