A proteína Apelina na formação de Membranas Epirretinianas em portadores de DM 2
As membranas epirretinianas (ERM) são formações fibrovasculares decorrentes de neovascularização e proliferação celular no epitélio retiniano, e ocorrem mais comumente em pessoas acima dos 50 anos ou associada com outras patologias da retina como a retinopatia diabética. As células geralmente envolvidas nesse processo são: miofibroblastos, astrócitos e células gliais. Com a neovascularização e formação de colágeno pelas células supracitadas, a membrana retiniana fica com aspecto esbranquiçado e mais engrossado, o que pode afetar a visão do portador, e caso envolva a mácula, pode haver redução da visão, micropsia ou diplopias.
Comparou-se a prevalência das ERM em portadores de DM 2 através de um estudo retrospectivo transversal organizado entre 2009 e 2010, onde avaliou-se fotografias de retinas de 1550 pacientes com DM 2. Nestes, 6,5% apresentavam ERM, mostrando ter uma pequena relação, mas não totalmente desprezível. Nesse mesmo estudo, verificou-se que a prevalência de ERM está mais associada com a idade, nefropatia diabética e cirurgia de catarata prévia.
A proteína Apelina foi identificada como um fator angiogênico de células endoteliais da retina. Sabe-se também que esta, é fundamental para formação pós-natal dos vasos da retina e desenvolvimento vascular embrionário. Testes com Apelina in vivo e in vitru comprovaram que ela atua na angiogênese estimulando a proliferação e migração de novas células endoteliais. Já em tumores, ficou claro que ela atua positivamente na neovascularização tumoral e sua sobre-expressão relacionou-se com aumento do tumor in vivo.
A proteína Apelina na formação de Membranas Epirretinianas em portadores de DM 2
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DOI: 10.22533/at.ed.4232004121
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Palavras-chave: membrana epirretiniana, apelina; diabetes mellitus tipo 2, angiogênese
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Keywords: Epirretinal membranes, apelin, diabetes mellitus, angiogenisis
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Abstract:
Epirretinal membranes (ERM) are fibrovascular formations resulting from neovascularization and cell proliferation in the retinal epithelium, and occur more commonly in people over 50 years of age or associated with other pathologies of the retina such as diabetic retinopathy. The cells usually involved in this process are myofibroblasts, astrocytes and glial cells. With neovascularization and collagen formation by the aforementioned cells, the retinal membrane looks whitish and more thickened, which can affect the wearer's vision, and if it involves the macula, there may be reduced vision, micropsia or diplopia.
The prevalence of RME in DM 2 patients was compared through a retrospective cross-sectional study organized between 2009 and 2010, where photographs of retinas of 1550 DM 2 patients were evaluated. In these, 6.5% had RME, showing an small relationship, but not entirely negligible. In the same study, it was found that the prevalence of MRE is more associated with age, diabetic nephropathy and previous cataract surgery.
Apelin protein has been identified as an angiogenic factor in retinal endothelial cells. It is also known that this is essential for postnatal formation of retinal vessels and embryonic vascular development. Tests with Apelina in vivo and in vitru proved that it acts in angiogenesis by stimulating the proliferation and migration of new endothelial cells. In tumors, it was clear that it acts positively on tumor neovascularization and its overexpression was related to tumor growth in vivo.
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Número de páginas: 6
- Camila Dias Medeiros
- Aurélio Leite Rangel Souza Henriques