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capa do ebook A PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS E SEUS IMPACTOS   FERTILITY PRESERVATION IN ONCOLOGIC PEDIATRIC PATIENTS AND ITS IMPACTS

A PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS E SEUS IMPACTOS FERTILITY PRESERVATION IN ONCOLOGIC PEDIATRIC PATIENTS AND ITS IMPACTS

INTRODUÇÃO: A incidência de câncer em pacientes pediátricos aumentou nas últimas décadas, no entanto, a sobrevida hoje é maior que 80%, tornando pertinente discussões relativas à fertilidade desses pacientes, afetada pelas intervenções cirúrgicas, quimioterapia e radioterapia. Sua preservação, por sua vez, inclui procedimentos padrão como a criopreservação de óocitos e a transposição ovariana e procedimentos em investigação como a criopreservação de tecido ovariano e supressão ovariana com análogos de GnRH (GnRHa). OBJETIVOS: O presente trabalho objetiva analisar dados da literatura quanto a repercussão de métodos de preservação de fertilidade em pacientes oncológicos pediátricos. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão da literatura em que foi utilizada a plataforma Pubmed e selecionados artigos entre 2015 e 2020 através dos descritores: pediatric; gynecologic cancers; fertility. RESULTADOS: Estudos indicam que a taxa de gravidez a partir de oócitos criopreservados, procedimento realizado apenas em pacientes pós-puberais, é de 38-55%, porcentagem semelhante ao encontrado para oócitos frescos. Em relação à transposição de ovários, considerada em pacientes que realizam radioterapia, Guballa e colaboradores relatam preservação de função ovariana em 90% dos casos, enquanto uma meta-análise apresentada por Algarroba e colaboradores indica taxa de nascidos vivos de 37%. A criopreservação de tecido ovariano é a opção para meninas pré-puberais e para aquelas em que o atraso da terapia não é possível, possuindo taxas de nascidos vivos maiores que 35% e de restauração da função hormonal de 65%. Por fim, a terapia com GnRHa possui resultados conflitantes. Oktay e colaboradores reportaram redução do risco de falha ovariana prematura, enquanto Elgindy e colaboradores alegam que os GnRHa não protegem contra a gonadotoxicidade. CONCLUSÃO: O exercício de reprodução é direito de todo ser humano, sendo extremamente importante o aconselhamento quanto à preservação de fertilidade em pacientes oncológicos, bem como acompanhamento de uma equipe multidisciplinar que desenvolva a melhor estratégia para cada paciente. 

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A PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS E SEUS IMPACTOS FERTILITY PRESERVATION IN ONCOLOGIC PEDIATRIC PATIENTS AND ITS IMPACTS

  • DOI: 10.22533/at.ed.6562103031

  • Palavras-chave: Preservação da fertilidade; oncologia; pediatria

  • Keywords: Fertility preservation; oncology; pediatrics

  • Abstract:

    INTRODUCTION: The incidence of cancer in pediatric patients increased in the last decades, although the survival rate nowadays is higher than 80%, leading to discussions about the fertility of these patients, affected by surgical interventions, chemotherapy and radiotherapy. Its preservation includes procedures such as cryopreservation of oocytes and ovarian transposition and other procedures still being investigated as cryopreservation of ovarian tissue and ovarian suppression with GnRh analogs. OBJECTIVES: This work aims to analyze data in the literature regarding the repercussion of fertility preservation methods in pediatric oncologic patients. METHODS: This work is a literature review in which Pubmed platform was used and then, articles from 2015 to 2020 were selected through the following descriptors: pediatric; gynecologic cancers; fertility. RESULTS: Studies indicate that the rate of pregnancy after cryopreservation of oocytes, procedure indicated only for patients that already passed puberty, is 38-55%, a similar percentage found for fresh oocytes. Concerning ovarian transposition, considered in patients that underwent through radiotherapy, GUBALLA et al report preservation of ovarian function in 90% of the cases, meanwhile a meta-analysis presented by ALGARROBA et al indicates a rate of living births of 37%. The cryopreservation of ovarian tissue is an option for pre-puberal girls and for the girls that the delay of cancer therapy is not possible, having a living births rate higher than 35% and restoration of hormonal function of 65%. Lastly, the GnRh analogs suppression showed conflicting results. OKTAY et al reported reduction of the risk of premature ovarian failure, meanwhile, ELGINDY et al claim that the therapy does not protect against gonad toxicity. CONCLUSION: Reproduction is a right of every human being, seeming essential that counseling regarding fertility preservation is made, involving a multidisciplinary team capable of developing the best strategy for each patient. 

    KEY-WORDS: Fertility preservation; oncology; pediatrics  

  • Número de páginas: 10

  • Júlia Português Almeida
  • Laura Dourado Ferro
  • Deny Bruce de Sousa Sobrinho
  • Waldemar Naves do Amaral
  • Patrícia Mendonça Leite
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