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capa do ebook A perversão da lei: análise do livro A Lei de Frédéric Bastiat

A perversão da lei: análise do livro A Lei de Frédéric Bastiat

O livro A Lei de Frédéric Bastiat é

considerado um clássico do liberalismo e foi

escrito no contexto da revolução francesa

ainda no século 19. O autor tece duras críticas

quanto ao uso, por parte dos legisladores

(que se encontravam não a serviço do povo,

mas sim aos interesses de suas respectivas

classes), da formulação das leis que de alguma

forma acabariam favorecendo-os. Atualmente,

na sociedade brasileira, podem-se notar

semelhanças no que diz respeito à formulação

de algumas leis que servem como aparato da

injustiça utilizando-se da força do Estado. O uso

da legitimidade da lei dificilmente é questionada

e por isso, muitos usam-na de forma a alcançar

fins que distorcem completamente não só

o sentido como também o fundamento que

a norma e o próprio ordenamento jurídico

estabelece. A justiça, antes buscada e positivada

nas leis, virtude que a ciência do Direito tanto

presa, é completamente obscurecida pelo texto

normativo, sendo que o escopo da lei não é mais

o justo, mas sim o benefício, principalmente

daqueles interessados na formulação e

aprovação de uma lei. Porém, usando da lei

e da força estatal, tal ação é transformada em

ferramenta para a escravidão, não só física

como também a moral. Isso, segundo BASTIAT

(2010, p. 14), é o caminho preferível pelos

homens que fogem da dor e buscam viver

um às expensas dos outros. Constantemente,

muitos cidadãos se veem em uma condição

insustentável ao se depararem com leis que

não fazem sentido e só estão em vigor por

interesses de terceiros. Mesmo com normas

constitucionais que dão poderes à coletividade

de lutar contra a tirania de leis completamente

perversas, por falta de conhecimento ou até

pela necessidade do cumprimento de certos

quesitos para tal, a população brasileira acaba

refém de um legislativo corrompido que não

cumpre sem papel como representante do povo,

mas sim como representante dos interesses

que lhes são convenientes.

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A perversão da lei: análise do livro A Lei de Frédéric Bastiat

  • Palavras-chave: Lei. Injustiça. Estado.

  • Keywords: Law. Injustice. State.

  • Abstract:

    The book Frédéric

    Bastiat’s Law is considered a classic of liberalism and was written in the context of

    the French revolution in the 19th century. The author makes harsh criticism of the use

    by legislators (who were not in the service of the people but rather to the interests

    of their respective classes), the formulation of laws that would in some way end up

    favoring them. Currently, in Brazilian society, similarities can be noted with respect to

    the formulation of some laws that serve as an apparatus of injustice using the force of

    the state. The use of the legitimacy of the law is hardly questioned and so many use

    it to achieve ends that completely distort not only the meaning but also the foundation

    that the norm and the legal order it self lays. Justice, previously sought and positivized

    in the laws, because the science of the law is so trapped, is completely obscured by

    the normative text, and the scope of the law is no longer just, but the benefit, especially

    those interested in the formulation and approval. of a law. However, using law and

    state force, such action is transformed into a tool for slavery, not only physical but also

    moral. This, according to BASTIAT (2010, p. 14), is the preferable path for men who

    escape pain and seek to live at the expense of others. Constantly, many citizens find

    themselves in an unsustainable condition when they come across laws that make no

    sense and are only enforced by the interests of others. Even with constitutional norms

    that empower the collective to fight against the tyranny of completely perverse laws,

    due to lack of knowledge or even the need to comply with certain requirements, the

    Brazilian population is held hostage by a corrupt legislature that does not fulfill its role

    representative of the people, but rather as a representative of their interests.

  • Número de páginas: 12

  • Bruno Santana Barbosa
  • Higor Soares da Silva
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