O presente trabalho teve como objetivo verificar a percepção dos agricultores de Chapecó-SC no interesse da sucessão dos negócios acerca da viabilidade econômica da propriedade familiar. O delineamento da pesquisa utilizado foi o levantamento, sendo utilizada como técnica de análise e interpretação dos dados a quantitativa e qualitativa. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada, parte realizada de forma presencial e parte remota. Com os dados obtidos pela pesquisa, foi caracterizado os respondentes, em sua maioria, com faixa etária entre 36 a 50 anos, casados, residentes em sua propriedade com tamanho de até 5 hectares e possuindo ao menos um filho. Seu ingresso na propriedade foi através da herança, com 53,1% (17) das respostas, evidenciado pelo fato de que 87,5% (28) dos pais eram agricultores. Das atividades desenvolvidas, 75% (24) julgam ser suficientes para sustentar a propriedade e a família, porém não é possível realizar investimentos na propriedade, como 53,8% (17) afirmam. Quanto aos filhos, foi constatado que a maioria participa dos resultados da propriedade, mas não do processo decisório e das atividades desenvolvidas. Quando questionados sobre o planejamento da sucessão, 78,2% (25) afirmaram não ter realizado ele ainda, porém tanto do lado dos pais quanto dos filhos não há interesse em dar sequência nas atividades da propriedade. Concluiu-se que ainda não foi realizado ou discutido o planejamento sucessório, pelo fato de haver pouca participação dos filhos nas atividades e decisões da propriedade, fato evidenciado pela rentabilidade não ser suficiente para realizar investimentos, possuírem ou desejarem uma graduação e trabalho na área urbana.