A OCORRÊNCIA DE EVENTOS CEREBROVASCULARES NA COVID-19
INTRODUÇÃO: A pandemia do novo coronavírus evidenciou uma variedade de possibilidades de apresentações e complicações sistêmicas. Entre os agravamentos de pior prognóstico são descritos os eventos cerebrovasculares, principalmente os acidentes vasculares encefálicos (AVE) isquêmicos, foram descritos AVE hemorrágicos e trombose dos seios venosos cerebrais, especialmente em pacientes graves. OBJETIVO: Descrever os achados mais recentes de eventos cerebrovasculares associados com a doença do SARS-CoV-2. METODOLOGIA: Revisão da literatura realizada a partir das bases de dados UptoDate, Medical Publisher (Pubmed), Journal of the American Medical Association (JAMA) e Scopus. Foram selecionados artigos completos publicados no período de março de 2020 a abril de 2021. DISCUSSÃO: Os mecanismos das complicações neurológicas decorrentes da COVID-19 são diversos e não se sabe precisar a fisiopatologia do vírus em relação ao sistema nervoso e suas complicações vasculares. Contudo, é comprovado que o vírus desregula o sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) e o sistema complemento resultando em hipoxemia, hipertermia e hipovolemia, que contribuem para o estado de hipercoagulação. O perfil clínico do paciente que evolui com essas complicações graves indica maior prevalência em indivíduos acima de 60 anos do sexo masculino e naqueles portadores de doenças crônicas. As alterações laboratoriais são típicas do estado de hipercoagulabilidade e, em suspeita de AVE deve-se aplicar a abordagem diagnóstica habitual para esse quadro. CONCLUSÃO: A fisiopatologia do quadro cerebrovascular ainda depende de maiores elucidações, mas estudos indicam que pacientes com histórico de hipertensão, obesidade mórbida e diabetes estão mais suscetíveis a esses eventos. Faz-se necessário, portanto, um histórico clínico completo para caracterizar o risco de evolução com essas complicações, assim como a abordagem eficiente visando diminuir a mortalidade.
A OCORRÊNCIA DE EVENTOS CEREBROVASCULARES NA COVID-19
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DOI: 10.22533/at.ed.5942102094
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Palavras-chave: COVID-19, Transtornos Cerebrovasculares, Trombose Cerebral e Acidente Vascular Encefálico.
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Keywords: COVID-19, Cerebrovascular Disorders, Cerebral Thrombosis and Stroke.
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Abstract:
INTRODUCTION: The new coronavirus pandemic showed a variety of possible presentations and systemic complications. Among the worse prognosis are cerebrovascular events, mainly ischemic or hemorrhagic strokes and thrombosis of the cerebral venous sinuses, especially in critically ill patients. OBJECTIVE: To describe the most recent findings of cerebrovascular events associated with SARS-CoV-2 disease. METHODOLOGY: Literature review based on UptoDate, Medical Publisher (Pubmed), Journal of the American Medical Association (JAMA) and Scopus databases. Complete articles published from March 2020 to April 2021 were selected. DISCUSSION: The mechanisms of neurological complications resulting from COVID-19 are diverse and it is not known to define the pathophysiology of the virus in relation to the nervous system and its vascular complications. However, it is proven that the virus disrupts the renin angiotensin aldosterone system (RAAS) and the complement system resulting in hypoxemia, hyperthermia and hypovolemia, which contribute to the state of hypercoagulation. The clinical profile of the patient who evolves with these serious complications indicates a higher prevalence in individuals over 60 years of age and in those with chronic diseases. Laboratory changes of the state of hypercoagulability are typical and, in case of suspected stroke, the usual diagnostic approach should be applied to this condition. CONCLUSION: The pathophysiology of the cerebrovascular condition still depends on further clarifications, but studies indicate that patients with a history of hypertension, morbid obesity and diabetes are more susceptible to these events. Therefore, a complete clinical history is necessary to characterize the risk of evolution with these complications, as well as an efficient approach to reduce mortality.
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Número de páginas: 12
- Júlia Kássia Pereira
- Laura Costa Dias
- Rafael Affonso de Rezende Oliveira
- Letícia Siqueira Guilherme
- Maria Alice Gonçalves Souza
- Tarcísio Araújo De Oliveira
- Maria Clara Lopes de Barros
