“A nossa cultura sempre foi massacrada, mas todo mundo come caruru”: práticas religiosas afro-brasileiras e conflitos em Amargosa-Bahia, década de 1980
Este artigo tem como objetivo analisar como a religiosidade afro-brasileira, principalmente o Candomblé, vivenciada pelos sujeitos, sobretudo negros e negras, no município de Amargosa, localizado no Recôncavo Sul da Bahia, era perseguida e representada por parte da sociedade local. Nesse contexto, analisamos o sumário de culpa, instaurado na década de 80 do século XX, contra o Babalorixá Jorge, que no período tinha grande destaque na cidade, devido as suas atividades religiosas. A partir da investigação foi possível apontar iniciativas adotadas no intuito de reprimir ou até mesmo negar a presença das práticas culturais e religiosas afro-brasileiras na cidade. No entanto, os adeptos ao culto afro desenvolveram estratégias diversas com a intenção em resguardar o que seria seu referencial cultural e religioso, proporcionando uma diversidade de experiências religiosas com características próprias.
“A nossa cultura sempre foi massacrada, mas todo mundo come caruru”: práticas religiosas afro-brasileiras e conflitos em Amargosa-Bahia, década de 1980
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.957122430092
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Palavras-chave: religiosidade afro-brasileira; candomblé; experiência; resistência
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Keywords: ok
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Abstract: ok
- Lorena Michelle Silva dos Santos