“A MÚSICA NUNCA PAROU”: PASSAGENS ENTRE ENSAIO, OBRA FÍLMICA E MUSICOTERAPIA
O cinema é uma mídia narrativa com linguagem própria, e a tradução de textos literários para essa linguagem tem gerado diversos estudos. São produções narrativas que geram imagens para o espectador. Há discussões importantes sobre a questão da tradução (adaptação), mas prepondera a ideia de que o cinema, ao contrário da literatura, exige mais na sua construção, pois recorre ao teatro, à música, à dança e a tantos outros elementos técnicos, tais como os enquadramentos, a cor, a luz, os movimentos e ângulos de câmera, entre outros. Arte, ciência e filosofia, enquanto formas de pensamento, são a base para esse estudo que pretende analisar as possíveis passagens entre a linguagem no ensaio “The last hippie” e a obra fílmica “A música nunca parou” (personagem), na perspectiva dos Estudos Comparados[1] e o referencial filosófico de Gilles Deleuze. A partir do movimento e do tempo da imagem, o cinema produz realidade, a qual promove uma desterritorialização, pois exige um deslocamento do olhar.
[1] De maneira mais específica, na linha francesa, com os estudos de Tânia Franco Carvalhal (1991, 2006), quando defende inúmeras possibilidades e inter-relacionamentos das áreas de conhecimento nos estudos comparatistas. Derruba fronteiras e estabelece inúmeras possibilidades de composição de um novo objeto de análise, produzido e diferente dos inicialmente oferecidos. Disto se nutre a Literatura Comparada: inúmeras e diferentes obras vão se criando, a partir de objetos que se incorporam.
“A MÚSICA NUNCA PAROU”: PASSAGENS ENTRE ENSAIO, OBRA FÍLMICA E MUSICOTERAPIA
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DOI: 10.22533/at.ed.63820081216
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Palavras-chave: Ensaio; Estudos Comparados; Musicoterapia; Sacks
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Keywords: Essay; Comparative Studies; Music therapy; Sacks.
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Abstract:
Cinema is a narrative medium with its own language, due to this translation of literary texts to it has produced several studies. They are narrative productions whose results are images for the movie viewer. There are important discussions on translation (adaptation) area, but there is an idea that cinema, unlike literature, requires more in its construction, because it uses theater, music, dance and many other technical elements, such as frames, color, light, camera movements and angles, among others. Art, science and philosophy are thought possibilities as well as the support for this study that aims at analyzing possible parts of the film between the language in the essay “The last hippie” and the film work “Music has never stopped” (character), based on Comparative Studies and Gilles Deleuze's philosophical framework. From the movement and the image time, cinema produces reality, which promotes a deterritorialization, as it requires a displacement in the look.
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Número de páginas: 16
- Ana Maria M. Alves Vasconcelos
- Ana Maria de Barros