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capa do ebook A LITERATURA INFANTIL AFRICANA: ROMPENDO COM A CULTURA HEGEMÔNICA

A LITERATURA INFANTIL AFRICANA: ROMPENDO COM A CULTURA HEGEMÔNICA

O presente trabalho teve como principal objetivo analisar os discursos veiculados em livros de literatura infantil a partir de uma perspectiva pós-estruturalista e de alguns apontamentos de Foucault (2014a, 2014b) sobre a articulação entre o discurso, poder e conhecimento. Utilizaremos para análise os livros de literatura infantil produzidos após a promulgação da Lei n.º 10.639/2003, que estabeleceu a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, buscando compreender como os discursos e as formas textuais e iconográficas podem ou não trazer uma carga intencional, estereotipada, naturalizada e constituída do que é ser negro nos dias de hoje. Discutiremos se o gênero literário infantil pode oportunizar por meio da narrativa, reflexões acerca das representações do negro e da negra contidas nas obras de literatura infantil sob a luz das seguintes categorias: oprimido, conscientização e identidade negra. Anossa hipótese inicial era a de que, após a implementação da Lei n.º 10.639/2003, os discursos sobre os personagens negros e negras mantêm a operacionalização do racismo na literatura infantil. Do ponto de vista teórico-metodológico, a pesquisa é qualitativa, de cunho etnográfico. Debruçaremos sobre vinte e sete obras pertencentes ao arquivo da Biblioteca Municipal Paulo Duarte (Biblioteca com acervo temático em cultura africana e afro-brasileira), com o intuito de entender como são representados os personagens negros e negras na literatura infantil; nosso objeto de estudo. Para a consecução do objetivo, tomamos as representações dos personagens negros e negras contidos nas vinte e sete obras analisadas ao longo do trabalho. Destacamos após a pesquisa que dos vinte e sete livros analisados, dois deles apresentam discurso normativo e preconceituoso; o que demonstra que nossa hipótese inicial não se confirma.

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A LITERATURA INFANTIL AFRICANA: ROMPENDO COM A CULTURA HEGEMÔNICA

  • DOI: 10.22533/at.ed.4192028102

  • Palavras-chave: Literatura infantil. Racismo. Identidade negra. Relações raciais.

  • Keywords: Children's literature. Racism. Black identity. Race relations

  • Abstract:

    The present work has as mainobjective to analyze the discourses carried in books ofliterature from a post-structuralist perspective and Foucault (2014a, 2014b) on the articulation between discourse, power and knowledge.We will use for analysis the books of children's literature produced after the promulgation of the Law 10.639 / 2003, which established the inclusion in the official curriculum of the school system ofthe "History and Afro-Brazilian Culture" theme, seeking to understandhow discourses and textual and iconographic forms may or may not bring a burden intentional, stereotyped, naturalized and constituted of what it is to be black these days. We will discuss if the children's literary genre can opportunize through narrative, reflections about the representations of the black and the black contained in the works of children's literature under the light of the following categories: oppressed, black conscientization and identity. Our hypothesis that after the implementation of Law 10.639 / 2003, the black and black characters keep the operationalization of racism in children's literature. Of theoretical-methodological point of view, the research is qualitative, of an ethnographic nature. We will look at twenty-seven works belonging to the archive of the Paulo Municipal Library Duarte (a library with a thematic collection in African and Afro-Brazilian culture), with the to understand how black and black characters are represented in children's literature; our object of study. In order to achieve the objective, we take the representations of black and black characters contained in the twenty-seven works analyzed throughout the work. We highlight after the research that of the twenty-seven books analyzed, two of them present normative and biased discourse; which demonstrates that our initial hypothesis does not confirms.

  • Número de páginas: 17

  • Mônica Abud Perez de Cerqueira Luz
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