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A LITERATURA DE AUTORIA FEMININA E OS SILÊNCIOS DA HISTÓRIA

O presente artigo visa elaborar uma análise comparativa do contexto da literatura de autoria feminina em diferentes momentos históricos. Esta incursão vem da comparação da trajetória de diferentes escritoras, mais precisamente a de Júlia Lopes e Clarice Lispector. Mesmo sendo autoras de épocas históricas distintas, observam-se semelhanças no que tange as dificuldades no percurso de sua produção literária. Para desenvolver tal análise, será importante o arsenal teórico metodológico desenvolvido por Chartier a partir do conceito de função-autor que procura fazer uma releitura do lugar da autoria, bem como as noções de Heidegger sobre a partir do conceito de Dasein, que significa a atualização permanente do ser, este ser que em todo momento questiona a si mesmo. A linguagem é e desvela este ser. De forma a buscar investigar como o ser feminista está localizado em diferentes lugares do discurso, aferiu-se a presença desta narrativa feminina orquestrada pela escritora Clarice Lispector nas atividades jornalísticas tecidas como colunista e cronista na Revista Senhor, como também a circulação das obras de Júlia Lopes na Belle Époque, a última autora é uma das poucas escritoras a viver de sua pena. Desta forma, aferiu-se que mesmo observando os silenciamentos da história em relação à autoria da literatura feminina no Brasil, as estratégias tecidas por essas escritoras impuseram-se contra as dificuldades imputadas e através das constantes luta por espaço, atualizaram o ser feminino na literatura no Brasil.
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A LITERATURA DE AUTORIA FEMININA E OS SILÊNCIOS DA HISTÓRIA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.7792408053

  • Palavras-chave: Literatura de autoria feminina, Historiografia feminista, Clarice Lispector, Júlia Lopes.

  • Keywords: Literature by women, Feminist historiography, Clarice Lispector, Júlia Lopes.

  • Abstract: This article aims to develop a comparative analysis of the context of literature written by women at different historical moments. This incursion comes from comparing the trajectories of different writers, more precisely that of Júlia Lopes and Clarice Lispector. Even though they are authors from different historical periods, similarities can be observed regarding the difficulties in the course of their literary production. To develop such an analysis, the methodological theoretical arsenal developed by Chartier will be important based on the concept of author-function, which seeks to re-read the place of authorship, as well as Heidegger's notions on the concept of Dasein, which means the actualization permanent part of being, this being that questions itself at all times. Language is and reveals this being. In order to investigate how the feminist being is located in different places of discourse, the presence of this feminine narrative orchestrated by the writer Clarice Lispector was measured in the journalistic activities carried out as a columnist and chronicler at Revista Senhor, as well as the circulation of Júlia's works Lopes in the Belle Époque, the last author is one of the few writers to live from her pen. In this way, it was verified that even observing the silencing of history in relation to the authorship of female literature in Brazil, the strategies woven by these writers prevailed against the imputed difficulties and through the constant struggle for space, updated the female being in literature in Brazil.

  • Maíra Honorato Marques de Santana
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