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capa do ebook A INTENCIONALIDADE MARCADA NOS TEXTOS INSTRUCIONAIS: O QUE HÁ DE NOVO NISSO?

A INTENCIONALIDADE MARCADA NOS TEXTOS INSTRUCIONAIS: O QUE HÁ DE NOVO NISSO?

Os textos instrucionais têm por

finalidade designar procedimentos para os

leitores que precisam desempenhar tarefas

de diferentes naturezas. Entretanto, apesar

de uma similaridade enunciativa pressuposta,

encontramos formas de enunciação discursiva

discrepantes, dependendo do gênero

textual. Partindo desse achado, e baseada

no paradigma interpretativista, a presente

pesquisa analisa textos instrucionais de três

diferentes gêneros, com vistas a observar as

intenções que permeiam o tipo textual injuntivo.

Mas também reflete sobre como a escola pode

valer-se desses mecanismos linguísticos para

potencializar a leitura dos alunos. Baseado nos

Atos de Fala (AUSTIN 1962; SEARLE 1969;

1981; 2002), que possibilitaram observar os

comandos expostos nos textos, o resultado

das análises sugerem que as estruturas

frasais usadas para instruir pressupõem níveis

impositivos diferentes com que os locutores

enunciam os procedimentos. Mostram também

que o componente ilocucionário e a natureza do

gênero em que as frases são usadas constituem

os balizadores dessas instruções. Apesar de

algumas limitações, como a comparação entre

apenas quatro gêneros, quando há vários

outros gêneros pertencentes ao tipo injuntivo,

os resultados possibilitam uma reflexão

crítica sobre a reprodução do pressuposto,

principalmente nas escolas básicas, de que a

injunção oferece apenas ordens ou comandos.

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A INTENCIONALIDADE MARCADA NOS TEXTOS INSTRUCIONAIS: O QUE HÁ DE NOVO NISSO?

  • DOI: 10.22533/at.ed.3031914086

  • Palavras-chave: Atos de Fala; Textos instrucionais; Leitura na escola.

  • Keywords: Speech Acts; Instructional texts; Reading at school.

  • Abstract:

    The instructional texts are

    intended to designate procedures for readers

    who need to perform tasks of different natures.

    However, despite an assumed expository

    similarity, we find forms of disparate discursive

    enunciation, depending on the genre. Based

    on this finding, and based on the interpretive

    paradigm, this research analyzes instructional

    texts from three different genres, in order to

    observe the intentions that underlie the injunctive

    textual type. But also reflects on how school can

    draw on these linguistic mechanisms to enhance

    the students’ reading. Based on Speech Acts

    (AUSTIN 1962; SEARLE 1969; 1981; 2002),

    which made it possible to observe the commands exposed in the texts, the test results

    suggest that the phrasal structures used to instruct assume different imposition levels

    with which the speakers set out the procedures. They also show that the illocutionary

    component and the nature of the genre in which phrases are used are the benchmarks

    of these instructions. Despite some limitations, such as the comparison of only four

    genres, when there are several other genres of the injunctive type, the results allow a

    critical reflection on the reproduction of assumption, particularly in primary schools, that

    the injunction only offers orders or commands.

  • Número de páginas: 15

  • Hilma Ribeiro de Mendonça Ferreira
  • Silvia Adélia Henrique Guimarães
  • Silvia Adelia Henrique Guimarães
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