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A Inteligência Artificial e a Sociologia: Potenciais, Limites e Novas Fronteiras Analíticas

O presente ensaio tem como premissa apontar algumas relações entre a inteligência artificial (IA) e a Sociologia. Para isso, dividimos o ensaio em quatro partes. Na primeira parte, mostramos como a inserção da IA no mercado de trabalho provoca transformações profundas nas dinâmicas produtivas, subjetividades dos trabalhadores e identidade do trabalho humano, acentuando desigualdades sociais e exigindo novas interpretações sociológicas sobre precarização, alienação tecnológica e divisão entre trabalho humano e algorítmico. Na segunda parte, identificamos como a governança algorítmica redefine o controle social ao combinar vigilância automatizada, previsibilidade e personalização, moldando comportamentos, concentrando poder em agentes opacos e desafiando as liberdades democráticas, ao mesmo tempo que exige regulação ética e transparência para equilibrar tecnologia e sociedade. Já na terceira, problematizamos como a IA está transformando a criatividade ao introduzir modelos híbridos de produção artística entre humanos e máquinas, desafiando conceitos tradicionais de autoria, autenticidade e memória cultural, enquanto reconfigura o consumo, a identidade cultural e o papel da arte no capitalismo digital. Finalmente, destacamos como a integração da IA na Sociologia amplia as possibilidades metodológicas, mas exige uma abordagem crítica para equilibrar inovação tecnológica com interpretação humana, preservando a profundidade e a ética na análise dos fenômenos sociais.
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A Inteligência Artificial e a Sociologia: Potenciais, Limites e Novas Fronteiras Analíticas

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.421142425111

  • Palavras-chave: Inteligência Artificial; Sociologia; Governança Algorítmica.

  • Keywords: Artificial Intelligence; Sociology; Algorithmic Governance.

  • Abstract: This essay seeks to explore the intricate relationships between artificial intelligence (AI) and Sociology, structuring the discussion into four interrelated sections. First, we examine how AI’s integration into the labour market instigates profound shifts in productive dynamics, reshapes workers' subjectivities, and redefines the identity of human labour. These changes exacerbate social inequalities and necessitate fresh sociological perspectives on precariousness, technological alienation, and the evolving dichotomy between human and algorithmic labour. The second section delves into the role of algorithmic governance in redefining social control. By merging automated surveillance, predictability, and personalization, AI not only molds behaviours and concentrates power in opaque entities but also challenges democratic freedoms. This complex interplay underscores the need for ethical regulation and transparency to achieve a balanced relationship between technology and societal values. In the third section, we analyze how AI is reshaping creativity through hybrid models of artistic production that blend human and machine inputs. These models challenge traditional notions of authorship, authenticity, and cultural memory, while simultaneously transforming patterns of consumption, cultural identity, and the role of art within the framework of digital capitalism. Finally, we highlight the methodological advancements AI brings to Sociology, broadening the discipline’s analytical toolkit. However, these innovations call for a critical approach that ensures a balance between technological progress and human interpretation. Such an approach is essential for preserving ethical standards and the depth required for analyzing social phenomena in an increasingly technologized world.

  • WALLACE ROCHA ARMANI
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