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A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SOBRE ONCOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Introdução: O câncer é uma doença que vem demonstrando grande crescimento nas últimas décadas. Conforme dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) são esperados para o ano de 2023, no Brasil, cerca de 704 mil casos novos de câncer, sendo que 70% estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste. O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a neoplasia mais comum da infância, caracteriza-se como neoplasia de células precursoras linfoides. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode se apresentar como leucemia linfoblástica aguda ou como linfoma linfoblástico, primariamente em sítio nodal e extra-nodal, de acordo com o grau de acometimento da medula óssea. Conforme ilustrado pelo INCA, durante o triênio 2020-2022, foram apontados anualmente cerca de 8.500 casos novos de câncer de crianças e adolescentes no Brasil. As leucemias correspondem a 28% dos cânceres nessas faixas etárias, a grande maioria corresponde à leucemia linfoblástica aguda (LLA). A maior incidência se dá entre um e quatro anos de idade. A taxa geral de sobrevida relativa em cinco anos para doentes de LLA é de cerca de 77%. Objetivos: Analisar junto ao público juvenil, estudantes do ensino fundamental II e ensino médio, o nível de pré conhecimento sobre câncer, suas formas de ocorrência, prevenção e tratamento. Introduzir o jovem às práticas de radioterapia e oncologia, buscando a desmitificação dos preconceitos sobre o paciente de câncer. Metodologia: Foram entrevistados 63 estudantes do ensino fundamental II e médio de uma escola privada. Os estudantes entrevistados responderam ao questionário que continha perguntas sobre o nível de conhecimento sobre o câncer (em escala de 0 a 5), convivência com doentes e sentimentos quando se fala sobre o câncer. O trabalho buscou compreender o grau de comprometimento e desenvolvimento acadêmico naqueles alunos que tiveram maior ou menor convivência com o tema oncológico, bem como alterações afetivas, emocionais e relacionais. A faixa etária dos entrevistados foi de 11 a 18 anos. Resultados: Foram analisados 56 questionários, não foram consideradas respostas que não representavam o objetivo da pesquisa. O nível 0 (nenhum conhecimento), 40% ilustrado no 6º ano, diminui para 14,3% no 3º ano do ensino médio. Cerca de 78,3% já conviveram com pessoas com câncer. Aproximadamente 35,4% conhecem alguns sintomas do câncer. Em média 63,3% tem algum conhecimento sobre as formas de tratamento, destes, a maioria destacou a quimioterapia e 87,3% apontaram que é importante estudar sobre câncer na educação básica e 75,28% acreditam que o câncer tem cura. Quanto aos sentimentos que sentem sobre o câncer, foram mais apontados a tristeza, medo e revolta. Apenas 41,4 dos alunos assinalaram que sabiam o que é radioterapia. Conclusão: O câncer infantil é uma questão de saúde pública que causa tabus e preconceitos junto ao público infanto-juvenil, o qual apresenta baixo nível de conhecimento sobre os sintomas, formas de diagnóstico e de tratamento.
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A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SOBRE ONCOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.2302413082

  • Palavras-chave: câncer infantil, oncologia, radioterapia

  • Keywords: -

  • Abstract: -

  • Rafaela Ferraz de Camargo
  • Marco Antônio Rodrigues Fernandes
  • Marcelo Vinicius Souza do Carmo
  • Carlos Henrique dos Santos
  • Ariane Arakak Maneiro Fernandes
  • Bianca de Fátima Pinheiro Fabri Ramos
  • Marco Henrique Silva Fernandes
  • Mauricéia Maria da Silva Fernandes
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