A Importância da Atenção Primária no combate à violência obstétrica
A Sexualidade abrange aspectos biológicos, psíquicos, culturais e históricos, não se restringe apenas à reprodução. Embora os direitos sexuais e reprodutivos tenham sua formalização no contexto das Conferências das Nações Unidas, ainda há necessidade de reafirmá-los e explicitá-los rotineiramente. Práticas e ações cotidianas estão baseadas nas formas de pensar e de se enxergar o mundo, com as quais fomos socializados. A forma como lidamos com a nossa saúde e de outrem também são norteadas por determinadas concepções de mundo. Surge assim uma fragmentação exagerada onde as funções totais integradas e suas interações com o meio sejam pouco conhecidas. É de suma importância que as pessoas sejam entendidas em suas complexidades que determinam que determinam o processo saúde-doença. O acolhimento surge como uma forma de humanização das práticas de saúde e quebras de paradigmas, onde os processos de trabalho percebem as necessidades de cada indivíduo como parte de um todo, não desprezando a dimensão individual. É fundamental que seja estabelecida uma relação entre profissionais de saúde e usuários, considerando os aspectos técnicos, teórico-epistemológicos, de empatia e afeto. A situação de vulnerabilidade experimentada pelas mulheres reflete diretamente na qualidade do atendimento nos serviços de saúde. O tratamento dado a essas mulheres é guiado pela violência estrutural que caminha até a sua saúde reprodutiva e sexual, violência essa que deve ser combatida desde a Atenção Básica. A partir da constatação de que as mulheres invariavelmente têm os seus direitos infringidos e sofrem violência obstétrica desde o primeiro atendimento, surge a necessidade de ampliação de conhecimento profissional para que tal violência seja combatida.
A Importância da Atenção Primária no combate à violência obstétrica
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DOI: 10.22533/at.ed.2522025092
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Palavras-chave: Descritores: Violência contra a Mulher ,Sexualidade, Saúde da Mulher, Atenção Primária à Saúde
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Keywords: Violence Against Women,Sexuality,Women's Health , Primary Health Care .
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Abstract:
Sexuality covers biological, psychological, cultural and historical aspects, it is not restricted to reproduction. Although sexual and reproductive rights are formalized in the context of the United Nations Conferences, there is still a need to reaffirm and explicitly explain them routinely. Daily practices and actions are based on the ways of thinking and seeing the world, with which we have been socialized. The way we deal with our health and that of others is also guided by certain worldviews. Thus, an exaggerated fragmentation appears, where the total integrated functions and their interactions with the environment are little known. It is of utmost importance that people are understood in its complexities that determine what determines the health-disease process. User embracement appears as a way of humanizing health practices and breaking paradigms, where work processes perceive the needs of each individual as part of a whole, not neglecting the individual dimension. It is essential that a relationship be established between health professionals and users, considering the technical, theoretical-epistemological, empathy and affection aspects. The situation of vulnerability experienced by women directly reflects on the quality of care in health services. The treatment given to these women is guided by structural violence that leads to their reproductive and sexual health, a violence that must be combated from Primary Care. From the realization that women invariably have their rights violated and suffer obstetric violence from the first visit, there is a need to expand professional knowledge so that such violence is combated.
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Número de páginas: 11
- Aiarlen dos Santos Meneses
- Natália Coelho Cavalleiro dos Santos
- Liana Coelho Cavalleiro dos Santos
- Fabiana Albino Fraga
