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capa do ebook A identidade e o lugar na obra de Jorge Amado: a geografia literária da região cacaueira da Bahia

A identidade e o lugar na obra de Jorge Amado: a geografia literária da região cacaueira da Bahia

No presente artigo, analisamos os romances Terras do Sem Fim e São Jorge dos Ilhéus do romancista baiano Jorge Amado com o intuito de compreender a forte relação do povo grapiúna com o cacau e com o lugar utilizando como metodologia a relação entre os textos científicos e a narrativa ficcional. Nos romances supracitados Jorge Amado trabalha a forte relação do povo com o lugar a partir da fazenda e com o amarelo presente nas roças de cacau que, segundo ele, somente os grapiúnas, ou seja, o povo da região cacaueira da Bahia consegue ver. O lugar também é trabalhado enquanto gerador de identidade e mantenedor da memória e imaginário social. A narrativa de Jorge Amado em Terras do Sem Fim e São Jorge dos Ilhéus é rica em demonstrar, do ponto de vista da ficção, as vivências dos homens e mulheres da região cacaueira da Bahia e sua relação com o lugar, desvelando suas geografias íntimas do mundo cotidiano. Ao perscrutar os romances supracitados, percebemos que o autor utiliza basicamente três maneiras para retratar essa relação sujeito-lugar e a identidade: a relação com a fazenda de cacau, perpassando pela ideia de casa no sentido bachelardiano; o amarelo das roças de cacau enquanto um símbolo percebido/reconhecido apenas pelos grapiúnas, ou seja, os sujeitos do lugar; por fim, o uso da metáfora do visgo do cacau, simbolizando a forte ligação do povo com o lugar. Para este artigo, iremos trabalhar apenas com as duas primeiras, já que a terceira maneira de Jorge Amado abordar a relação sujeito-lugar-identidade já foi trabalhada por nós em trabalho anterior.

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A identidade e o lugar na obra de Jorge Amado: a geografia literária da região cacaueira da Bahia

  • DOI: 10.22533/at.ed.4022028108

  • Palavras-chave: Cacau; Lugar; Identidade

  • Keywords: Cocoa; Place; Identity

  • Abstract:

    In this article, we analyze the novels Terras do Sem Fim and São Jorge dos Ilhéus by novelist Jorge Amado from Bahia, in order to understand the strong relation of the people grapiúna with cocoa and place using as methodology the relationship between scientific texts and fictional narrative. In the novels mentioned Jorge Amado works the strong relation of the people with the place from the farm and with the yellow present in the cocoa plantations that, according to him, only the grapiúnas, that is, the people of the cocoa region of Bahia can see. The place is also worked as an identity generator and maintainer of memory and social imagery. Jorge Amado's narrative in Terras do Sem Fim and São Jorge dos Ilhéus is rich in demonstrating, from the point of view of fiction, the experiences of the men and women of the cocoa region of Bahia and their relationship with the place, revealing their intimate geographies. In looking at the above-mentioned novels, we see that the author basically uses three ways to portray this subject-place relationship and identity: the relationship with the cocoa farm, passing through the idea of ​​a house in the Bachelardian sense; the yellow of the cacao plantations as a symbol perceived / recognized only by the grapiúnas, that is, the subjects of the place; finally, the use of the cocoa “visgo” metaphor, symbolizing the strong attachment of the people to the place. For this article, we will work only with the first two, since Jorge Amado's third way of approaching the subject-place-identity relationship has already been worked out by us in previous work.

  • Número de páginas: 12

  • Rita de Cássia Evangelista dos Santos
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