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A HISTÓRIA ORAL ENQUANTO CAMPO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Por meio de uma pequena discussão epistemológica sobre a História Oral, o texto discutiu e analisou a relevância das fontes orais na pesquisa histórica e sua contribuição para a historiografia da educação. O estudo caracteriza-se como pesquisa qualitativa, de natureza descritiva e recorreu ao uso de fontes bibliográficas como percurso metodológico. Sufocada pelos postulados positivistas, a História Oral ressurgiu como estratégia de pesquisa em história a partir da década de 1950, ganhando vigor acadêmico nas décadas seguintes. A história é um fenômeno vivo, dinâmico. Os fatos históricos não estão encerrados em si mesmos. Dessa premissa decorre a necessidade de repensar o passado. À medida que o passado é revisitado, ele revela descobertas inéditas para a história da educação. As fontes orais diferem-se das fontes tradicionais porque não são encontradas ao acaso e nem em estado bruto: são produzidas coletivamente, por meio da relação dialética entre entrevistador e entrevistado, em um movimento mediado pela memória e pela linguagem. A memória é o elemento dinamizador do relato que dá origem ao documento oral, inédito e revelador. A relevância acadêmica, histórica e social do documento oral está intimamente ligada à suficiência investigativa do pesquisador, sua competência para recompor eventos passados e acuidade para analisar e interpretar o relato oral. A História Oral não nega as fontes documentais clássicas. Ao responder interrogações que as fontes tradicionais não conseguem elucidar, ao preencher as lacunas apresentadas nos documentos impressos e/ou escritos, a História Oral dialoga com outros tipos de fontes, suscita novas indagações e abre horizontes e perspectivas de abordagem e interpretação do fenômeno histórico. Percorrendo esse caminho, as fontes orais permitem elucidar uma história ainda não conhecida ou parcialmente explicada pelas fontes clássicas.
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A HISTÓRIA ORAL ENQUANTO CAMPO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.9492412063

  • Palavras-chave: Historiografia da Educação. História Oral. Memória.

  • Keywords: Historiography of Education. Oral History. Memory.

  • Abstract: Through a small epistemological discussion about Oral History, the text discusses and analyzes the relevance of oral sources in historical research and their contribution to the historiography of education. The study is characterized as qualitative research, of a descriptive nature and resorted to the use of bibliographic sources as a methodological path. Suffocated by positivist postulates, Oral History resurfaced as a research strategy in the history from the 1950s onwards, gaining academic vigor in the following decades. History is a living, dynamic phenomenon. Historical facts are not closed in on themselves. From this premise arises the need to rethink the past. As the past is revisited, it reveals unprecedented discoveries for the history of education. Oral sources differ from traditional sources because they are not found at random or in their raw state: they are produced collectively, through the dialectic relationship between interviewer and interviewee, in a movement mediated by memory and language. Memory is the dynamic element of the story that gives rise to the oral, unpublished and revealing document. The academic, historical and social relevance of this oral document is 1 Pós-doutorando em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Doutor em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Coordenador da Banca Permanente de Avaliação do Centro Estadual de Educação Continuada Monsenhor Geraldo Mendes Vasconcelos. 2 Pós-Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora Titular aposentada na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Consultora da Unesco no Projeto Alfabetização de Adultos no Brasil. closely linked to the investigative sufficiency of the researcher, his competence to recompose past events and acuity to analyze and interpret the oral report. Oral History does not deny the classic documentary sources. By answering questions that traditional sources are unable to elucidate, by filling in the gaps presented in printed and/or written documents, Oral History dialogues with other types of sources, raises new questions and opens up horizons and perspectives for approaching and interpreting the historical phenomenon. Following this path, oral sources make it possible to elucidate a story not yet known or partially explained by classic sources.

  • Júlio Resende Costa
  • Sônia Maria dos Santos
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