Esse trabalho discute a pertinência da fotografia de capoeira como arte documental decolonial, compreendendo a arte fotográfica para além do registro. As autoras ressaltam a importância dos aspectos estéticos para a consolidação da memória de práticas e rituais afrodescendentes que sofreram um apagamento e embranquecimento por uma visão eurocêntrica e opressora dos colonizadores. O artigo tem como base metodológica o olhar educomunicativo de Freire (1981), que entende a experiência a partir da vida cotidiana e da troca de saberes, e o vínculo documental defendido por Kons (2021), como parâmetro para manter as raízes da ancestralidade de um povo preservada, trazendo o protagonismo à comunidade preta.