A FALA COMO APRENDIZADO NAS PRÁTICAS DA LIGA CAMPONESA DO ENGENHO GALILÉIA
Entre os anos de 1955 e 1964, o
Nordeste brasileiro, especialmente o estado
de Pernambuco, tornou-se uma área de
grande mobilização de trabalhadores rurais,
principalmente devido ao surgimento das
Ligas Camponesas, que se originaram no
Engenho Galiléia, em Vitória de Santo Antão,
no limite entre a Zona da Mata e o Agreste
pernambucano. No cotidiano desse movimento,
camponeses construíram aprendizados, sendo
um deles, o “aprendizado da fala”, ou seja, da
argumentação, da crítica, do contra-discurso
e da reivindicação na busca por direitos. O
presente artigo objetiva discutir, a partir da
análise de depoimentos de ex-integrantes do
movimento, sobre esse aprendizado construído
entre os camponeses do primeiro núcleo das
Ligas Camponesas, a Liga Camponesa do
Engenho Galiléia, contribuindo, assim, com
o debate sobre as práticas educativas dos
movimentos sociais.
A FALA COMO APRENDIZADO NAS PRÁTICAS DA LIGA CAMPONESA DO ENGENHO GALILÉIA
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DOI: 10.22533/at.ed.55919050711
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Palavras-chave: Educação, Ligas Camponesas, Movimentos Sociais
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Keywords: Education, Peasant Leagues, Social Movements
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Abstract:
Between the years of 1955 and
1964, the Brazilian Northeast, particularly the
State of Pernambuco, became an area of a
large mobilization of rural workers, mainly due
to the rise of the Peasant Leagues, originated
at Engenho Galiléia, in Vitória de Santo Antão,
in the limit between Pernambucan Forest Zone
and harsh. In the daily routine of this movement,
peasants built up learnings; one of them the
“speech learning”, that is, the argumentation,
the critic, the counter-discourse, the claim in
search for rights. This article aims to discuss,
from the analysis of statements of former
members of the movement, about this learning
built between peasants in the first nucleus
of Peasant Leagues, the Engenho Galiléia
Peasant League, contributing to the debate on
educational practices of social movements
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Número de páginas: 15
- Reginaldo José da Silva