A ETNOMEDICINA INDÍGENA NA VISÃO DOS MÉDICOS DE CAMPO GRANDE-MS: RELATOS E DISCUSSÃO SOBRE INTERMEDICALIDADE
O presente estudo objetivou relatar e discutir a visão do profissional médico atuante na atenção à saúde indígena na cidade de Campo Grande - Mato Grosso do Sul em relação à etnomedicina e à prática da intermedicalidade. Etnomedicina e intermedicalidade são termos desconhecidos, trabalhados empiricamente e certamente merecedores de abordagem em capacitações não somente para com os médicos, mas inclusive para os demais profissionais das Unidades de Atenção Básica. A opinião dos médicos atuantes na atenção campo-grandense à saúde do índio a respeito das práticas etnomédicas indígenas é positiva, sendo apontadas como importantes e merecedoras de preservação, mas com discursos permeados por insegurança, desconhecimento, falta de capacitação e orientações específicas e, como complicador disso, o pouco tempo de permanência no serviço. Boas práticas passíveis de aperfeiçoamento e difusão não foram identificadas, principalmente em função da escassez de tempo e orientação e da rotatividade dos profissionais. São necessárias ações de conscientização e capacitação do médico sobre intermedicalidade para a real atenção diferenciada, fundamental nesse contexto intercultural.
A ETNOMEDICINA INDÍGENA NA VISÃO DOS MÉDICOS DE CAMPO GRANDE-MS: RELATOS E DISCUSSÃO SOBRE INTERMEDICALIDADE
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DOI: 10.22533/at.ed.19921010212
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Palavras-chave: Etnomedicina; Saúde de Populações Indígenas; Atenção à Saúde; Intermedicalidade.
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Keywords: Ethnomedicine; Health of Indigenous Peoples; Health Care (Public Health); Intermedicality.
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Abstract:
This study aimed to report and discuss the view of the medical professional working in indigenous health care in the city of Campo Grande - Mato Grosso do Sul in relation to ethnomedicine and the practice of intermedicality. Ethnomedicine and intermedicality are unknown terms, worked on empirically and certainly worthy of approach in training not only for doctors, but also for other professionals in Primary Care Units. The opinion of doctors working in Campo Grande for indigenous health care regarding indigenous ethnomedical practices is positive, being pointed out as important and deserving of preservation, but with speeches permeated by insecurity, ignorance, lack of training and specific guidelines and, complicating this, the short time in the service. Good practices that could be improved and disseminated were not identified, mainly due to the lack of time and guidance and the turnover of professionals. Awareness-raising and training of doctors on intermedicality are necessary for real differentiated care, which is fundamental in this intercultural context.
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Número de páginas: 13
- Maria Inesila Montenegro Garcia de Oliveira
- José Danilo Santos Lopes
